Atravessa o rio, antes de injuriar o crocodilo.
Conselho de prudência: não provoques ou insultes alguém enquanto ainda estás vulnerável ao seu poder ou influência.
Versão neutra
Não provoques o adversário enquanto ainda estiveres em perigo.
Faqs
- O que significa exatamente este provérbio?
Significa que deves evitar insultar, provocar ou criar um inimigo enquanto ainda estás sob a sua influência ou em posição de fraqueza, pois isso pode aumentar o teu risco. - Quando é apropriado usar este provérbio?
Quando queres aconselhar alguém a agir com cautela antes de tomar uma atitude que possa provocar represálias, sobretudo em contextos profissionais, políticos ou relacionais. - Este provérbio defende sempre a passividade?
Não necessariamente. Incentiva prudência diante do risco imediato, mas não invalida a necessidade de agir em casos de injustiça ou quando as condições mudam a favor da ação. - É um provérbio de uso comum?
Não é um provérbio tradicional universal, mas a imagem é clara e facilmente compreendida; funciona bem como conselho coloquial.
Notas de uso
- Metáfora que compara um adversário perigoso a um crocodilo e a situação imediata de risco a um rio por atravessar.
- Usado para aconselhar cautela antes de atacar verbalmente, tomar decisões arriscadas ou cortar relações que te possam prejudicar.
- Registo coloquial e discursivo; apropriado em conversas informais e reflexões sobre estratégia pessoal ou profissional.
- Não é um apelo absoluto à passividade — aplica-se principalmente quando o risco imediato supera os benefícios de reagir.
Exemplos
- Antes de publicar as críticas públicas ao seu fornecedor, pensa: atravessa o rio, antes de injuriar o crocodilo — agora dependemos dele para cumprir prazos.
- Na reunião, ele quis confrontar o chefe, mas a colega lembrou-lhe o provérbio: atravessa o rio antes de injuriar o crocodilo — espera até teres alternativas.
Variações Sinónimos
- Não provoques o crocodilo sem teres um lugar seguro.
- Não faças inimigos enquanto estás desprotegido.
- Não insultes o leão se ainda estás na jaula.
- Não desafies quem te pode fazer mal enquanto não estás fora do alcance.
Relacionados
- Não morder a mão que te alimenta
- Mais vale prevenir do que remediar
- Não provoques o urso/Não cutucar o urso
Contrapontos
- Em situações de injustiça grave ou perigo público, calar-se por medo pode perpetuar dano; às vezes é necessário arriscar para corrigir o errado.
- O provérbio pode incentivar excesso de cautela ou passividade — há momentos em que enfrentar um adversário, mesmo vulnerável, é moralmente ou estrategicamente correto.
- Quando a dependência do adversário é temporária e a exposição prolongada causa mais dano, pode ser preferível agir cedo do que esperar.
Equivalentes
- inglês
Don't poke the bear; don't bite the hand that feeds you. - espanhol
No muerdas la mano que te da de comer; no provoques al enemigo mientras puedas ser herido. - francês
Ne provoque pas l'ours; ne critique pas celui qui a poder sobre ti tant que tu es vulnérable.