Quem sofre por amor não sente a dor

A ideia de que a dor ou o sofrimento é menos sentida ou mais tolerável quando está ligado ao amor ou ao cuidado por outra pessoa.

Versão neutra

Quem sofre por amor tende a tolerar a dor com mais facilidade

Significa que a dor deixa de existir?
Não. O provérbio sugere que a perceção da dor pode ser alterada pelo afecto ou propósito, mas não nega a realidade física ou emocional do sofrimento.
Devo aceitar sofrer por amor por causa deste provérbio?
O provérbio descreve uma experiência comum, não é um manual de comportamento. Aceitar sofrimento que põe em risco a saúde física ou psicológica não é aconselhável.
Quando é apropriado usar esta expressão?
É apropriado em contextos informais para explicar sacrifícios feitos por afeto, para consolar ou de modo irónico. Evite utilizá‑la para minimizar queixas legítimas de sofrimento.
Tem origem conhecida?
Não há origem documentada clara; trata‑se de sabedoria popular transmitida oralmente em várias formas.

Usado para justificar sacrifícios ou esforços feitos por afeto ou paixão.
Pode aparecer em contexto consolador, para minimizar uma perda ou esforço motivado pelo amor.
Também é usado de forma irónica, quando alguém quer sublinhar que sofrer por amor não torna a situação objectivamente melhor.
Não é um conselho médico: não invalida a necessidade de apoio emocional ou profissional quando o sofrimento é grave.

Ela dizia que não se queixava porque, como sofria por amor, não sentia tanto a dor das longas horas de trabalho.
Disseram‑lhe para ter cuidado, mas ele repetia que quem sofre por amor não sente a dor — falou assim como quem justificava aceitar um sacrifício.

Sofrer por amor não elimina a dor — pode apenas alterar a perceção; a dor continua a existir.
Romantizar o sofrimento pode levar a permanecer em relações nocivas; o amor não deve justificar abuso ou negligência.
Procura de ajuda (psicológica ou médica) é importante mesmo quando o sofrimento está ligado a sentimentos amorosos.