Quem tem sede demais, não escolhe a água que bebe.
Significa que, perante necessidade urgente ou grande carência, as pessoas aceitam a primeira solução disponível e deixam de lado preferências ou exigências.
Versão neutra
Quem tem muita sede não escolhe a água que bebe.
Faqs
- Quando é apropriado usar este provérbio?
Quando se quer ilustrar que uma pessoa ou grupo, por urgente necessidade, aceita uma solução imperfeita ou indesejada por falta de alternativas. - Este provérbio justifica más decisões?
Não o justifica automaticamente; descreve um comportamento comum em situações de pressão, mas não elimina a responsabilidade por consequências previsíveis. - Tem origem conhecida ou histórica?
Não há uma origem específica registada; é uma construção metafórica ligada à imagem universal da sede e da água como necessidade básica.
Notas de uso
- Usa‑se para descrever situações de necessidade imediata — económica, emocional ou prática — em que a escolha é limitada.
- Tem tom pragmático e, por vezes, crítico: pode justificar decisões apressadas, mas também alertar para compromissos indesejáveis.
- É apropriado em linguagem coloquial e em reflexões condicionais; evita‑se como justificação para atos ilegais ou perigosos.
Exemplos
- Durante a crise financeira aceitou o emprego mal pago — quem tem sede demais não escolhe a água que bebe.
- No deserto, qualquer poça parecia um manancial; em situações extremas, quem tem sede demais não escolhe a água que bebe.
- Quando a equipa precisava de resultados imediatos, concordou com a solução provisória: às vezes quem tem sede demais não escolhe a água que bebe.
Variações Sinónimos
- Quem tem muita sede não escolhe água.
- Na necessidade, não há escolhas refinadas.
- Quando a necessidade aperta, aceita‑se o que houver.
Relacionados
- Quem tem pressa come cru.
- Faute de grives, on mange des merles (francês: 'À falta de algo melhor, aceita‑se o que há').
- Às vezes a necessidade dita as regras.
Contrapontos
- Aceitar qualquer solução pode ter consequências negativas a longo prazo (saúde, segurança, exploração).
- Nem sempre a falta de opções justifica comprometer princípios éticos ou legais.
- Devem considerar‑se alternativas e riscos antes de ceder completamente à necessidade urgente.
Equivalentes
- inglês
Beggars can't be choosers. - espanhol
El que tiene mucha sed no elige el agua que bebe. - francês
Faute de grives, on mange des merles.