Quem toca a rebate, não vai ao fogo.

Quem toca a rebate, não vai ao fogo.
 ... Quem toca a rebate, não vai ao fogo.

Critica quem faz alarido ou dá o aviso, mas evita a ação ou o risco próprio; aponta hipocrisia ou fuga à responsabilidade.

Versão neutra

Quem faz alarido ou avisa, não enfrenta o perigo.

Faqs

  • O que significa exatamente 'tocar a rebate'?
    Literariamente refere‑se a tocar um instrumento ou sinal de alerta; no provérbio significa fazer alarido, avisar ou chamar atenção sem depois enfrentar a situação.
  • Quando é apropriado usar este provérbio?
    Quando se quer censurar alguém que fala muito ou critica, mas não toma parte nem assume riscos nem responsabilidades concretas.
  • É ofensivo usar este provérbio?
    Pode ser visto como crítica direta e, portanto, ofensivo se dirigido a alguém; convém usar com cuidado e em contexto apropriado.
  • É um provérbio ainda atual?
    Sim: o contraste entre palavras e ações é um tema sempre relevante, embora a expressão 'tocar a rebate' possa parecer arcaica a alguns ouvintes.

Notas de uso

  • Uso: comentário crítico sobre quem fala muito ou avisa, mas não participa do esforço ou do perigo.
  • Registo: coloquial, usado em contextos familiares ou conversas informais; pode soar censório.
  • Conotação: geralmente negativo — enfatiza incoerência entre palavras e actos.
  • Geografia: provérbio de uso em Portugal; a expressão «tocar a rebate» é algo arcaica e pode não ser totalmente transparente para públicos jovens.

Exemplos

  • Na reunião falou muito sobre responsabilidades, mas quando precisámos de ajuda fugiu — quem toca a rebate, não vai ao fogo.
  • O vizinho passou horas a aconselhar-nos sobre o incêndio, mas não se envolveu quando as chamas chegaram; quem toca a rebate, não vai ao fogo.

Variações Sinónimos

  • Quem muito fala, pouco faz.
  • Muito barulho e pouca ação.
  • Fala-se alto, age-se pouco.

Relacionados

  • Quem muito promete pouco cumpre.
  • Antes falar do que fazer?
  • Boca cheia e mãos vazias.

Contrapontos

  • Quem alerta pode estar a proteger-se e a proteger os outros; o alerta não implica necessariamente fuga à responsabilidade.
  • Em algumas situações, avisar ou coordenar de longe é a contribuição mais útil e não é sinónimo de ausência de coragem.
  • Nem todo o discurso público é hipocrisia: líderes que anunciam medidas podem não estar em posição de atuar diretamente no terreno.

Equivalentes

  • Inglês
    All bark and no bite / Much talk, little action.
  • Espanhol
    Mucho ruido y pocas nueces.
  • Francês
    Beaucoup de bruit pour rien.
  • Alemão
    Viel Lärm um nichts.