Quem vai à aldeia, não se deita sem ceia.

Quem vai à aldeia, não se deita sem ceia.
 ... Quem vai à aldeia, não se deita sem ceia.

Quem visita um lugar ou procura algo costuma sair com algum benefício; sugere expectativa de hospitalidade ou vantagem ao tomar a iniciativa.

Versão neutra

Quem visita um lugar, não costuma sair de mãos vazias.

Faqs

  • O que significa este provérbio?
    Significa que, ao visitar um lugar ou procurar algo, é comum obter algum benefício — seja comida, atenção, favores ou vantagem prática. Usa‑se tanto de forma literal (hospitalidade) como figurada (ganho ou resultado).
  • Quando é apropriado usar‑lo?
    Quando se quer destacar que uma ação de ir ter com alguém ou a um local tende a trazer algum proveito. Funciona em conversas informais, descrições de costumes ou ao comentar iniciativas que produziram resultados.
  • Pode ser interpretado como rude ou oportunista?
    Pode ser visto assim se for usado para justificar aproveitar‑se da generosidade alheia. Deve ser usado com cautela para não sugerir que se espera algo sem reciprocidade ou consentimento.
  • Qual é a origem deste provérbio?
    A origem exacta é desconhecida; é um provérbio popular com raízes em sociedades rurais onde a hospitalidade e a partilha eram práticas comuns.

Notas de uso

  • Usa‑se para justificar ou descrever que, ao ir a um sítio ou a um encontro, se obtém algum proveito (comida, atenção, informação, negócio).
  • Tem um tom tradicional e rural; pode soar antigo em meio urbano ou formal.
  • Não deve ser usado para justificar atitudes oportunistas ou falta de respeito por limites e consentimento.
  • Pode aplicar‑se de forma literal (convite para comer) ou figurada (ganho material, informação ou vantagem social).

Exemplos

  • Fui passar o fim de semana à aldeia dos meus avós e, como era de esperar, não saí de lá sem ceia nem lembranças — quem vai à aldeia, não se deita sem ceia.
  • Levei o meu CV às empresas da região e regressei com três propostas; em termos profissionais, quem vai à aldeia não se deita sem ceia.
  • Quando cheguei à festa dos vizinhos fui logo convidado a jantar — é o costume: quem vai à aldeia, não se deita sem ceia.
  • Se vais à feira com intenção de negociar, prepara‑te a voltar com negócios feitos; quem vai à aldeia não fica sem ceia.

Variações Sinónimos

  • Quem vai à aldeia, não volta sem ceia.
  • Quem vai à festa, não se deita sem petisco. (variação coloquial)
  • Não se volta de visita de mãos vazias.
  • Quem procura, acha (sentido figurado de obter algo ao procurar).

Relacionados

  • Quem não arrisca não petisca. (tom semelhante sobre tirar proveito)
  • Quem semeia, colhe. (ideia de colher benefício depois da ação)
  • À mesa de quem te recebe, não faltam histórias. (referência à hospitalidade)

Contrapontos

  • Nem sempre existe hospitalidade automática: em contextos urbanos ou formais não se deve presumir comida ou favores.
  • A expressão não justifica tomar sem pedir ou aproveitar‑se indevidamente da generosidade alheia.
  • Em relações profissionais, esperar benefício imediato pode ser pouco realista; o retorno nem sempre é garantido.

Equivalentes

  • Inglês
    Don't go home empty-handed. / He who goes to the village doesn't go to bed without supper. (sentido literal e idiomático)
  • Espanhol
    Quien va al pueblo, no se acuesta sin cenar. (tradução literal; implica hospitalidad o beneficio)
  • Francês
    Qui va au village ne se couche pas sans souper. (equivalente literal)