Quem vai à roça, perde a carroça.
Advertência de que quem se ausenta ou descuida algo que tinha sob vigilância arrisca‑se a perdê‑lo — aplicado a bens, posições ou oportunidades.
Versão neutra
Quem se afasta do que deve vigiar arrisca‑se a perdê‑lo.
Faqs
- Quando se usa este provérbio?
Usa‑se para advertir alguém que está a negligenciar algo que devia vigiar — por exemplo, um negócio, uma posição de trabalho ou uma oportunidade. Serve tanto como conselho quanto como comentário crítico. - É um provérbio literal ou figurado?
É figurado. Embora use imagens rurais, aplica‑se a situações modernas: a 'carroça' simboliza algo que se pode perder quando não é bem cuidado. - É apropriado usar em contexto profissional?
Pode ser usado com cuidado — é coloquial e directo; em ambientes formais é preferível uma formulação neutra (por exemplo: 'Quem se afasta do que vigia arrisca‑se a perder').
Notas de uso
- Registo: informal, coloquial; usado em situações do dia a dia ou em linguagem familiar.
- Contexto: admoesta contra negligência, desatenção ou abandono de responsabilidades.
- Tom: pode ser usado de forma séria (conselho) ou irónica (comentário sobre negligência alheia).
- Origem rural: as palavras 'roça' e 'carroça' remetem para um ambiente agrícola, mas o sentido é aplicável a contextos modernos.
- Cuidado: não implica inevitabilidade absoluta — refere‑se ao risco associado à desatenção, não a uma lei inflexível.
Exemplos
- Saíste da loja para ir almoçar sem fechar a porteira; agora alguém entrou e levou mercadoria. Quem vai à roça, perde a carroça.
- Deixaram o projeto sem acompanhamento meses a fio e a concorrência levou o cliente — um bom exemplo de 'quem vai à roça, perde a carroça'.
Variações Sinónimos
- Quem abandona o que tem arrisca‑se a perder.
- Quem não vigia, perde.
- Quem se ausenta perde o lugar.
Relacionados
- Negligência e vigilância de bens ou posições
- Perda por descuido
- Conselhos práticos sobre responsabilidade
Contrapontos
- Ausentar‑se pode ser necessário para tratar de outros assuntos legítimos; a solução é delegar ou garantir salvaguardas.
- Algumas ausências calculadas, com organização prévia, não implicam perda (ex.: quem confia tarefas a terceiros competentes).
- Arriscar pode trazer ganhos maiores — por vezes trocar ou deixar algo é escolha estratégica, não simples negligência.
Equivalentes
- inglês
You snooze, you lose. - espanhol
Quien no cuida, lo pierde. - francês
Qui ne veille pas, perd.