Quem viu Goa não precisa ver Lisboa
Quem teve uma experiência extraordinária considera outras experiências menos impressionantes; expressão de comparação e de relativização de impressões.
Versão neutra
Depois de ver algo extraordinário, outras coisas parecem menos impressionantes.
Faqs
- O que significa este provérbio?
Significa que uma experiência marcante pode fazer com que outras experiências pareçam menos impressionantes; é uma comparação sobre expectativas e admiração. - Vem de Goa ou de Lisboa originalmente?
A origem exata da frase não é documentada aqui; evoca a antiga relação entre Portugal e a sua antiga colónia Goa, mas pode ser apenas uma construção popular. - É apropriado usar este provérbio hoje?
Depende do contexto. Em conversas informais, pode ser usada com humor. Em contextos sensíveis (memórias coloniais, debate cultural) é preferível ter cautela, pois pode ser interpretada como insensível. - Como posso usar a versão neutra?
Use a versão neutra — 'Depois de ver algo extraordinário, outras coisas parecem menos impressionantes' — quando quiser evitar referência geográfica ou conotações históricas.
Notas de uso
- Usa‑se sobretudo de forma figurada para dizer que, depois de algo marcante, o resto parece menos interessante.
- Pode ser empregue de modo jocoso, pomposo ou crítico — depende do contexto e da entoação.
- Carrega conotações históricas: Goa foi colónia portuguesa e a expressão pode reflectir comparação entre metrópole e colónia ou exaltação do exótico.
- Evitar usar de forma insensível em contextos que envolvam memórias coloniais ou quando o comentário possa parecer desprezar lugares ou culturas.
Exemplos
- Depois de assistir ao festival em Goa, para ele todas as festas da cidade perderam brilho — quem viu Goa não precisa ver Lisboa.
- Diz‑se muitas vezes no turismo: se uma viagem foi tão marcante que muda as expectativas, o viajante pensa 'quem viu Goa não precisa ver Lisboa' — mas cada destino tem o seu valor.
- Ela contou a viagem a Goa com tanto entusiasmo que os colegas brincaram: 'quem viu Goa não precisa ver Lisboa' — usado aqui em tom de exagero bem‑humorado.
Variações Sinónimos
- Quem viu X não precisa ver Y (forma generalizada)
- Depois do melhor, o resto é pouco
- Depois de algo extraordinário, tudo o mais parece pálido
Relacionados
- Quem não viu, não crê
- Depois do primeiro, o resto é complemento (expressão idiomática)
Contrapontos
- Generalizar a partir de uma experiência reduz a singularidade de outros lugares: Lisboa e Goa têm histórias e atracções diferentes.
- A frase pode reflectir uma postura de complacência ou de superioridade cultural, particularmente se usada em contextos post‑coloniais.
- Valorizar apenas o impacto imediato impede apreciar nuances e qualidades distintas de cada local.
Equivalentes
- inglês
Once you've seen something extraordinary, the rest seems less impressive. - espanhol
Quien ha visto algo extraordinario, considera lo demás poco impresionante.