Rei se nomeie quem não teme

Rei se nomeie quem não teme.

Sugere que a liderança ou governação deve caber a quem não demonstra medo; pode elogiar coragem ou ser usado ironicamente para criticar a ausência de prudência.

Versão neutra

Que reine quem não teme.

Faqs

O que significa exactamente este provérbio?
Afirma que a liderança deve ser atribuída a quem não demonstra medo. Pode ser usado seriamente para valorizar coragem ou ironicamente para criticar imprudência.
Em que contextos é apropriado usar este provérbio?
Em discussões sobre nomeações e liderança (política, militar, empresarial ou local). Atenção ao tom: pode soar elogioso ou sarcástico.
O provérbio implica que a coragem é o único requisito para liderar?
Não necessariamente. É uma afirmação valorizadora da coragem, mas prática e eticamente a liderança exige mais: competência, responsabilidade e legitimidade.
Qual é a origem deste provérbio?
A origem específica não está documentada aqui; trata‑se de uma fórmula popular que circula em variantes semelhantes na tradição oral.

Notas de uso

Usa‑se em contextos de escolha de líderes—políticos, profissionais ou informais—quando a coragem é valorizada.
Dependendo do tom, pode servir como elogio (valoriza quem enfrenta riscos) ou como ironia (critica quem age sem temer as consequências).
Registo: popular/coloquial; adequado a conversas, textos de opinião e comentários históricos ou literários.
Evitar como argumento isolado: coragem não substitui competência, ética ou responsabilidade.

Exemplos

Na reunião de equipa, propuseram o colega mais decidido para liderar o projeto: «Que reine quem não teme», disseram, reconhecendo a sua coragem em decisões difíceis.
Ao comentar a subida ao poder de um dirigente impopular, um cronista escreveu ironicamente: «Rei se nomeie quem não teme», sublinhando o desprezo pelas consequências.
Num debate sobre escolher um comandante para uma missão arriscada, alguém recordou o provérbio para justificar preferir um líder destemido.

Variações Sinónimos

Que reine quem não teme
Rei se faça quem não teme
Quem não teme que reine
Que mande quem não tem medo

Relacionados

Rei morto, rei posto (sobre sucessão e continuidade)
Quem não arrisca não petisca (valorização do risco)
Quem não teme, manda (variante popular)

Contrapontos

O facto de alguém não temer não garante que tenha juízo, ética ou competência necessárias para governar.
A ausência de medo pode levar a decisões precipitadas e, em tempos de liderança, a abusos de poder.
Liderança prudente equilibra coragem com responsabilidade, consulta e respeito pelas consequências.