Sangue pela boca, nem das gengivas.

Sangue pela boca, nem das gengivas.
 ... Sangue pela boca, nem das gengivas.

Quando um sinal evidente aponta para uma causa óbvia e geralmente mais séria do que uma explicação pequena; sugere que as provas não enganam.

Versão neutra

Se aparece sangue na boca, a causa não é só das gengivas; há um motivo mais evidente.

Faqs

  • O que significa exatamente este provérbio?
    Significa que um indício claro costuma apontar para uma causa maior ou mais verdadeira do que explicações simples; é usado para sublinhar que as evidências não convêm subestimar.
  • Quando devo evitar usar esta expressão?
    Deve‑se evitar quando não há provas suficientes ou em contextos sensíveis (por exemplo, acusar alguém sem investigação), e em contextos médicos em que é necessário um diagnóstico profissional.
  • É um provérbio regional ou de uso geral em Portugal?
    É de uso popular e coloquial em Portugal, sem autor ou origem documentada; pode ter maior presença em registos informais.

Notas de uso

  • Usa‑se para afirmar que um sintoma ou indício demonstra algo mais grave ou definitivo do que uma justificação leve.
  • Freqüentemente empregado em contextos de suspeita, acusação ou quando se discute responsabilidades.
  • Registo: informal/coloquial. Pode soar acusatório; convém evitar em situações em que não haja confirmação factual.
  • Não é expressão técnica médica — não deve substituir um diagnóstico profissional quando se trata de saúde.

Exemplos

  • Quando os documentos mostraram as transferências, comentou: «sangue pela boca, nem das gengivas» — já não havia como negar a responsabilidade.
  • No tribunal, ao ver a prova do crime, o advogado murmurou: «sangue pela boca, nem das gengivas», indicando que o indício apontava claramente para o réu.
  • O chefe percebeu o erro nos relatórios e disse aos colegas: «não tentem explicar demais — sangue pela boca, nem das gengivas», ou seja, a falha era óbvia.

Variações Sinónimos

  • Sangue na boca, não das gengivas
  • Sangue pela boca, não das gengivas
  • Onde há fumo, há fogo (sentido próximo)
  • Não há fumo sem fogo (sentido próximo)

Relacionados

  • Onde há fumo, há fogo
  • Não há fumo sem fogo
  • Os sinais não enganam (locução informal)

Contrapontos

  • Nem sempre um sinal evidente prova a causa — há falsos positivos e coincidências; é prudente investigar antes de acusar.
  • Em saúde, sangue na boca pode ter causas variadas; um diagnóstico clínico é necessário.
  • Evita usar o provérbio para presumir culpa sem provas adicionais; pode prejudicar relações e reputações.

Equivalentes

  • Inglês
    Literal: "Blood in the mouth isn't from the gums." Idiomático próximo: "Where there's smoke, there's fire."
  • Espanhol
    Literal: "Sangre en la boca, no viene de las encías." Idiomático próximo: "Donde hay humo, hay fuego."
  • Francês
    Equivalente idiomático: "Il n'y a pas de fumée sans feu."