Sardinha sem pão é comer de ladrão.
Diz que aproveitar-se de algo sem dar o que é devido (ou sem o acompanhamento esperado) equivale a comportar‑se como alguém que rouba; sublinha a norma social de reciprocidade.
Versão neutra
Comer uma sardinha sem o pão que a costuma acompanhar é como roubar.
Faqs
- O que significa este provérbio?
Significa que aproveitar‑se de algo sem cumprir a obrigação correspondente (pagar, retribuir ou respeitar uma norma) é comparável a roubar — realça a importância da reciprocidade social. - Quando posso usar esta expressão?
Usa‑a em contexto coloquial para censurar alguém que toma vantagem sem contribuir ou sem permissão. Evita‑la em ambientes formais ou legais. - A expressão é ofensiva?
Depende do tom: pode ser dita em brincadeira entre amigos, mas dirigida seriamente pode ser acusatória e ofensiva por implicar desonestidade. - Tem origem histórica conhecida?
Não existe uma origem documentada clara; refere‑se provavelmente a hábitos alimentares tradicionais (sardinha acompanhada de pão) e à ideia prática de não tomar o que não é devido.
Notas de uso
- Registo coloquial, frequentemente usado em tom de reprimenda ou brincadeira.
- Aplica‑se a situações em que alguém beneficia sem contribuir, pagar ou respeitar uma convenção social.
- Pode ter sabor regional (zonas costeiras, onde sardinha e pão são consumo habitual) mas é compreendido mais amplamente em pt‑PT.
- Não é uma expressão formal; evita‑se em contextos profissionais ou legais.
Exemplos
- Se vais às festas dos vizinhos só para comer e não trazes nada, isso é sardinha sem pão — é comer de ladrão.
- Aceitar os materiais da empresa para uso pessoal sem pedir autorização? Sardinha sem pão é comer de ladrão — não faças isso.
Variações Sinónimos
- Sardinha sem pão, é comer como ladrão
- Comer a sardinha sem o pão
- Comer sem pagar é comer de ladrão
Relacionados
- Não se tira proveito sem dar nada em troca
- De graça, até o santo desconfia (idioma sobre suspeita face ao gratuito)
- Quem não dá, não tem
Contrapontos
- Nem todas as ofertas gratuitas equivalem a aproveitamento indevido — há situações de partilha, caridade ou cortesia em que aceitar não é errado.
- A expressão simplifica contextos: em caso de necessidade ou desigualdade, aceitar ajuda pode ser legítimo, não roubo.
- Em relações modernas de consumo, o conceito de 'o que é devido' pode variar (promoções, brindes, usos autorizados).
Equivalentes
- inglês
There's no such thing as a free lunch. - espanhol
No hay almuerzo gratis. - francês
Il n'y a pas de repas gratuit.