Indica contradição entre o que alguém vende/oferece e o que efectivamente consome/privilegia; sugere hipocrisia, prudência económica ou preferência pessoal diferente da imagem pública.
Versão neutra
Quem vende sardinhas não as come.
Faqs
O provérbio implica sempre hipocrisia? Não necessariamente. Pode apontar hipocrisia, mas também reflectir prioridades económicas, poupança doméstica ou simples preferência pessoal.
Quando é apropriado usar este provérbio? Em conversas informais para salientar uma disparidade evidente entre o que alguém promove/professa e o que pratica. Evitar acusações directas sem contexto.
É ofensivo dizer isto a alguém? Pode ser interpretado como crítica ou chacota. Usar com cuidado para não humilhar; contextualize a observação.
Notas de uso
Geralmente usado para apontar incoerência entre actos e discurso ou entre profissão e hábito pessoal.
Pode ter tom crítico (acusação de hipocrisia) ou explicativo (economia doméstica: vender para obter rendimento).
Usa-se em registo informal e coloquial; evitar em contextos formais sem clarificação.
Não implica automaticamente má-fé: pode apenas reflectir prioridades económicas ou escolhas pessoais.
Exemplos
O político dizia defender a poupança mas gastava o dinheiro do partido em festas — sardinheiro vende sardinha e come galinha.
Ela tem uma banca de fruta e raramente come maçã; não é necessariamente erro, apenas uma opção: sardinheiro vende sardinha e come galinha.
Variações Sinónimos
Quem vende sardinhas não as come
Vende peixe e come outra coisa
Relacionados
Casa de ferreiro, espeto de pau
Fala muito e faz pouco
Faz as regras e não as cumpre
Contrapontos
Algumas pessoas consomem o que vendem como forma de provar qualidade — o oposto literal do provérbio.
Num comércio familiar pequeno, vender o produto para garantir rendimento e comprar outra comida em casa pode ser sinal de gestão, não de hipocrisia.
Equivalentes
Inglês The shoemaker's son goes barefoot / Do as I say, not as I do