Se não podes com o teu inimigo, alia‑te a ele

Se não podes com o teu inimigo, alia-te a ele

Quando não é possível derrotar ou neutralizar um adversário, é mais prudente cooperar, adaptar-se ou aceitar um acordo para reduzir prejuízos.

Versão neutra

Se não consegues derrotar ou contornar um adversário, procura uma forma de cooperar ou chegar a um acordo pragmático.

Quando é apropriado usar este provérbio?
É apropriado quando a confrontação directa é inviável ou demasiado custosa e a cooperação traz benefícios práticos, como reduzir perdas ou obter vantagens estratégicas.
Alia‑te com o inimigo significa trair princípios?
Não necessariamente, mas pode envolver compromissos éticos. Convém avaliar se a aliança legitima comportamentos inaceitáveis ou prejudica terceiros.
Como aplicar esta ideia no trabalho?
Identifica interesses comuns, propõe acordos formais ou parcerias que permitam alcançar objectivos mútuos sem sacrificar recursos essenciais ou reputação.

Usado para justificar a cooptação ou a negociação com alguém que seria preferível contrariar, por motivos práticos.
Aplicável em política, negócios, relações laborais e situações pessoais em que a resistência directa é inviável ou demasiado dispendiosa.
Não implica que a aliança seja permanente: pode ser uma estratégia temporária para ganhar tempo ou obter vantagens.
Tem implicações éticas: aliar-se a alguém pode ser visto como conivência com comportamentos reprováveis.

Numa câmara municipal dominada por um partido adversário, o vereador optou por apoiar algumas propostas em troca de influência noutros temas — se não podes com o teu inimigo, alia-te a ele.
A start-up percebeu que não conseguiria competir em preço com o gigante do sector e propôs uma parceria estratégica para distribuir os seus produtos.
Depois de várias derrotas judiciais, a empresa decidiu negociar um acordo com o concorrente em vez de prolongar um litígio dispendioso.

Aliar‑se a um inimigo pode comprometer valores e reputação.
Nem sempre a cooperação é possível: pode legitimar atitudes injustas ou prejudiciais.
Em algumas situações, a resistência persistente ou a busca por alternativas éticas é preferível.