Sem pão nem vinho, não há amor nem carinho

Sem pão nem vinho, não há amor nem carinho ... Sem pão nem vinho, não há amor nem carinho

Expressa que a disponibilidade de recursos básicos (comida, bebida, conforto) facilita a afectividade e a hospitalidade; sem essas condições, o afeto tende a diminuir ou a ser condicionado.

Versão neutra

Sem comida nem bebida adequadas, as pessoas tendem a mostrar menos afeição ou cuidado.

Faqs

  • Este provérbio tem origem conhecida?
    Não há uma origem documentada precisa; trata‑se de sabedoria popular provável de sociedades rurais onde comida e bebida eram centrais na hospitalidade e nas relações sociais.
  • É um provérbio literal ou figurado?
    Funciona em ambos os níveis: literal quando refere escassez material real; figurado quando indica que necessidades básicas condicionam o estado emocional e as interacções humanas.
  • É ofensivo ou sexista dizer isto hoje em dia?
    Geralmente não é considerado ofensivo, mas pode ser criticado como reducionista por sugerir que o afeto depende apenas de bens materiais. O tom e o contexto determinam se é apreciado, irónico ou depreciativo.

Notas de uso

  • Usado em contextos familiares ou comunitários para justificar a importância de prover o básico antes de esperar afecto ou gratidão.
  • Empregado de forma literal (falta de alimentos/recursos) ou figurada (falta de condições mínimas para relações harmoniosas).
  • Pode surgir em tom irónico quando alguém usa a falta de confortos como desculpa para frieza ou rudeza.
  • Reflete uma visão pragmática e materialista das relações humanas, comum em sociedades tradicionais.

Exemplos

  • Quando a família perdeu a renda, os jantares de festa acabaram — e, como se diz, sem pão nem vinho, não há amor nem carinho: as discussões aumentaram.
  • Na preparação da visita, o anfitrião lembrou ao neto: 'Arruma a mesa e trazes algo para comer; sem pão nem vinho, não há amor nem carinho', explicando que a recepção inclui comida e bebida.

Variações Sinónimos

  • Sem pão e sem vinho, sem amor e sem carinho
  • Sem pão não há amor
  • Onde falta o pão, falta o carinho (variação popular)

Relacionados

  • A barriga cheia ama melhor (variação popular que reforça a ligação entre alimento e afeto)
  • Casa onde não há pão, todos brigam (provérbio que associa a falta de meios a conflitos domésticos)

Contrapontos

  • O verdadeiro amor resiste à privação — há quem afirme que afeto genuíno não depende de bens materiais.
  • Exemplos históricos e pessoais de sacrifício mostram que relações profundas podem persistir mesmo na escassez.

Equivalentes

  • es
    Sin pan ni vino, no hay amor ni cariño (tradução literal em espanhol)
  • en
    No bread, no wine, no love and no affection (tradução literal em inglês); aproximado por 'An empty stomach has no ears' (proverbial: a fome torna as pessoas menos receptivas).