Também o negar é mercê.

Recusar um pedido pode ser um acto de compaixão ou prudência, pois o «não» pode evitar dano, dependência ou consequências piores.

Versão neutra

Recusar algo pode ser um acto de bondade ou prudência quando o sim causaria mal ou dependência.

Quando é apropriado aplicar este provérbio?
Quando a aceitação de um pedido causaria prejuízo, dependência ou consequências piores; por exemplo, evitar habilitar vícios ou aceitar tratamentos que aumentem sofrimento inútil.
Pode ser usado para justificar recusa egoísta?
Não necessariamente. O provérbio descreve uma situação em que a recusa é benéfica; usá-lo exige avaliação ética e empatia, não é licença para indiferença.
Tem origem registada ou histórica?
Não há origem claramente documentada; trata-se de um provérbio de sabedoria popular que sintetiza a ideia de que o 'não' pode ser prudente e compassivo.

Usa-se quando a recusa protege alguém de um mal maior ou impede comportamentos prejudiciais.
Aplica-se tanto em decisões pessoais (pais, amigos) como profissionais (médicos, empregadores) e administrativas.
Registo: popular e proverbial; adequado em conversas formais e informais como reflexão moral ou prática.
Aviso: não serve para justificar recusas egoístas sem razão; é preciso distinguir prudência de frieza.

O médico explicou que não prescrever aquele tratamento invasivo seria melhor para a qualidade de vida; também o negar é mercê.
Quando o jovem pedia dinheiro para gastar em vícios, a mãe negou: embora doloroso, também o negar é mercê, evitou mais prejuízos.

Mais vale dar do que receber — enfatiza que a generosidade é preferível ao refusar
Argumento ético: a recusa pode prejudicar pessoas vulneráveis; é necessária avaliação caso a caso
Risco de justificar apatia: usar o provérbio não isenta da responsabilidade de ajudar quando apropriado