Tanta vez vai o rato ao moinho, que um dia fica lá com o focinho.
Tanta vez vai o rato ao moinho, que um dia fica lá com o focinho.
Advertência de que repetir um comportamento arriscado ou indevido acabará por provocar uma consequência negativa ou ser descoberto.
Versão neutra
Se fores repetidamente a um sítio para fazer algo arriscado, um dia serás apanhado.
Faqs
O que quer dizer este provérbio? Significa que repetir actos arriscados, imorais ou proibidos acabará por trazer consequências negativas ou por ser descoberto.
Quando devo usar este provérbio? Quando quiseres alertar alguém sobre os perigos de insistir num comportamento arriscado ou quando uma acção repetida corre o risco de ser apanhada.
É um provérbio ofensivo? Não é ofensivo por si; é uma advertência moral. O tom pode ser interpretado como censurador dependendo do contexto e da relação entre os interlocutores.
Tem origem conhecida? Não há registo de autor ou data precisa; é um provérbio tradicional de origem rural. Existem provérbios semelhantes noutras línguas com a mesma ideia.
Notas de uso
Usa‑se para avisar alguém que está a arriscar repetidamente e pode vir a ser apanhado.
Registo: informal a neutro; comum em contextos familiares, didácticos ou morais.
Tom: preventivo ou moralizador; pode ser usado de forma séria ou irónica.
Aplicável a comportamentos diversos: incumprimentos, pequenos furtos, jogos de risco, negligência repetida.
Exemplos
O Pedro tem mentido ao chefe todas as semanas sobre os atrasos; tanta vez vai o rato ao moinho, que um dia fica lá com o focinho — vai ser despedido se continuar.
Os miúdos andam a brincar com o sistema de segurança da escola; já lhes disse que tanta vez vai o rato ao moinho... um dia alguém dá por isso e as consequências serão sérias.
Ela ia adiando os impostos e fingindo que não era nada; acabou por ser auditada. Tanta vez vai o rato ao moinho.
Variações Sinónimos
Tanta vez vai o rato ao moinho que um dia fica com o focinho.
Tanto vai o cántaro à fonte, que no fim se parte.
Quem muito arrisca acaba apanhado.
Quem muito puxa a corda um dia parte.
Relacionados
Tanto vai o cántaro à fonte que ao fim se quebra
Quem tudo quer tudo perde
Mais vale prevenir do que remediar
Quem muito arrisca pouco tem
Contrapontos
Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura (sublinha que a persistência pode vencer dificuldades)
A persistência vence a sorte (salienta que repetir uma acção pode conduzir ao sucesso, não só ao desastre)
Quem não arrisca não petisca (defende que assumir risco pode ser necessário para ganhar)
Equivalentes
es Tanto va el cántaro a la fuente que al final se rompe.
en If you keep pushing your luck, you'll get burned.
fr Tant va la cruche à l'eau qu'à la fin elle se casse.