Tantas vezes vai o cântaro à fonte que um dia lá fica a asa.

Tantas vezes vai o cântaro à fonte que um dia l ... Tantas vezes vai o cântaro à fonte que um dia lá fica a asa.

Se algo ou alguém é exposto repetidamente a um risco ou esforço, com o tempo sofrerá dano ou perda.

Versão neutra

Se algo for sujeito muitas vezes ao mesmo esforço ou perigo, acabará por se danificar ou perder.

Faqs

  • Quando devo usar este provérbio?
    Use-o para advertir sobre os riscos de repetir uma ação que causa desgaste, perda ou exposição ao perigo — por exemplo, no uso excessivo de objetos, cuidados com a saúde ou comportamentos arriscados.
  • Significa que a repetição é sempre má?
    Não. O provérbio destaca a possibilidade de dano pela repetição em contextos que envolvem desgaste ou risco. Em outras situações, a repetição pode ser positiva (ex.: treino).
  • Qual é a origem desta expressão?
    Trata-se de um provérbio popular de tradição oral na Península Ibérica, com variantes em castelhano e em português; não há origem documental única conhecida.

Notas de uso

  • Usa-se para advertir sobre a consequência natural da repetição de uma ação arriscada ou desgastante.
  • Tom habitual: coloquial e proverbial; adequado em contextos informais e em escrita explicativa sobre hábitos ou riscos.
  • Não implica moralização forte — descreve um resultado provável, não uma condenação total.
  • Pode ser usado literal e figurativamente (objetos, saúde, reputação, recursos financeiros).

Exemplos

  • O carro já tem muitos anos e vai muitas vezes em estradas ruins; tantas vezes vai o cântaro à fonte que um dia fica a asa — pode avariar de vez.
  • Emprestavas sempre a mesma ferramenta a toda a gente; atenção, tantas vezes vai o cântaro à fonte que um dia lá fica a asa — vais ficar sem ela.

Variações Sinónimos

  • Tantas vezes vai o cântaro à fonte que ao fim parte.
  • Tanto vai o cântaro à fonte que se parte.
  • Tanto vai o cântaro à água que ao fim se quebra.

Relacionados

  • Água mole em pedra dura tanto bate até que fura (persistência produz efeito)
  • Quem semeia ventos colhe tempestades (ações repetidas têm consequências)
  • Quem muito usa, muito perde (uso excessivo provoca desgaste)

Contrapontos

  • A prática leva à perfeição (repetição melhora a capacidade)
  • Repetição constrói hábito e resistência (enfatiza ganho, não dano)

Equivalentes

  • espanhol
    Tanto va el cántaro a la fuente que al final se rompe.
  • inglês
    The pitcher goes so often to the well that it is broken at last.
  • francês
    Tant va le pot à la fontaine qu'à la fin il se casse.
  • alemão
    So oft geht der Krug zur Quelle, bis er zerschlagen ist.

Provérbios