Tem bastante quem com o que tem, se contenta.

Quem se satisfaz com aquilo que possui considera que tem o suficiente; o contentamento é visto como forma de riqueza.

Versão neutra

Quem se contenta com o que tem considera que tem bastante.

O que quer dizer este provérbio?
Significa que a pessoa que se satisfaz com aquilo que tem considera-se com bastante; valoriza o contentamento como forma de riqueza interior.
Quando é apropriado usar este provérbio?
Quando se pretende louvar a moderação e a satisfação com o necessário, em conselhos pessoais ou observações sobre estilo de vida. Usá‑lo com cuidado em contextos de desigualdade.
Este provérbio desencoraja a ambição?
Nem sempre. Pode encorajar a aceitação saudável do presente, mas também pode ser interpretado como contrário à procura de melhoria. A leitura adequada depende do contexto.
Qual é a origem do provérbio?
A origem exacta é desconhecida; trata‑se de um ditado popular transmitido oralmente na língua portuguesa.

Provérbio de uso popular, usado em conversas correntes e conselhos familiares.
Geralmente expressa apreço pela simplicidade e pela moderação nos desejos.
Pode ser utilizado de forma lisonjeira (elogiar alguém poupado) ou ironicamente (criticar falta de ambição).
Em contextos formais, prefira a versão neutra ou explique o significado em vez de citar o provérbio isoladamente.
Evitar usar para justificar desigualdades sociais: o provérbio refere-se a atitudes pessoais, não a políticas públicas.

Depois de anos a trabalhar em excesso, ela percebeu que podia reduzir o ritmo: tem bastante quem com o que tem, se contenta.
Quando os vizinhos se gabavam do carro novo, o avô respondeu: 'Tem bastante quem com o que tem, se contenta', mostrando que aprecia a moderação.
Embora receba um salário modesto, ele vive tranquilamente porque evita despesas inúteis — tem bastante quem com o que tem, se contenta.

Pode ser usado para encobrir passividade ou justificar pouca ambição; o contentamento não deve impedir melhorias legítimas nas condições de vida.
Em contextos de pobreza ou injustiça social, dizer que 'quem se contenta tem bastante' pode desviar a atenção da necessidade de mudança estrutural.
Equilíbrio: valoriza-se o contentamento pessoal, mas também se reconhece o valor do esforço e da procura de melhores oportunidades.