Todo homem, quando embarca, deve rezar uma vez; quando vai à guerra, duas; e quando se casa, três.
Sugerir que, perante acontecimentos de risco ou grande compromisso, convém maior cuidado, reflexão ou oração — o casamento é visto tradicionalmente como o mais exigente.
Versão neutra
Quando alguém parte numa viagem deve rezar uma vez; ao ir para a guerra, duas; e ao casar, três.
Faqs
- O que significa este provérbio em poucas palavras?
Que antes de acontecimentos importantes ou arriscados convém mais reflexão, preparação ou um gesto simbólico de pedido de proteção. - Qual é a origem deste provérbio?
É um provérbio popular de origem incerta, difundido oralmente na Península Ibérica e em várias línguas europeias desde há séculos. - Posso usar este provérbio hoje?
Sim, num contexto informal para aconselhar prudência. Atente, porém, à linguagem (é tradicionalmente masculina) e à referência religiosa, que podem exigir adaptação. - Existe uma versão menos religiosa?
Sim. Pode substituir 'rezar' por 'refletir', 'rever' ou 'pensar', mantendo a ideia de maior preparação para compromissos maiores.
Notas de uso
- É usado figurativamente para aconselhar precaução antes de decisões importantes (viagens, guerras, casamento).
- Registo: popular e coloquial; pode aparecer em textos literários ou conversas informais.
- Verificar sensibilidade: a fórmula usa linguagem masculina e pressupõe prática religiosa; hoje pode ser adaptada para linguagem inclusiva ou secular.
- Não deve ser tomado literalmente: refere-se à ideia de preparação/aviso, não a regras práticas de comportamento.
Exemplos
- Antes de assinar o contrato, pensei no provérbio: quando se casa, convém refletir (reza ou pensa-se) três vezes — não fui apressado.
- O capitão aconselhou a tripulação a rezar antes de zarpar; lembrou o antigo ditado sobre rezar ao embarcar.
- Num tom de brincadeira, disse ao amigo prestes a mudar de carreira: «Lembra-te do provérbio — quando vais para a guerra reza duas vezes», ou seja, prepara-te bem.
Variações Sinónimos
- Ao embarcar reza-se uma vez; para a guerra duas; para casar três.
- Quem parte reza uma; quem luta reza duas; quem casa reza três.
- Versão moderna: 'Quando se enfrenta algo arriscado, convém mais reflexão do que menos.'
Relacionados
- Mais vale prevenir do que remediar.
- Casar é preciso, viver não é preciso. (dito popular português, comentário sobre a tensão do casamento)
- Pior é melhor do que nada. (usado em contextos de tomada de decisão — contraste pragmático)
Contrapontos
- A formulação é sexista por usar «homem»; hoje prefere‑se linguagem inclusiva (por exemplo, «toda a gente»).
- Pressupõe prática religiosa (rezar) como resposta adequada — nem todos partilham essa perspetiva.
- Apresenta o casamento como o maior risco/compromisso, visão que pode ser considerada antiquada ou negativa.
Equivalentes
- inglês
Every man, when he embarks, should pray once; when he goes to war, twice; and when he marries, three times. - espanhol
Todo hombre, cuando embarca, debe rezar una vez; cuando va a la guerra, dos; y cuando se casa, tres.