Todos os conselhos tomarás, só o teu não deixarás.

Ouves e recolhes opiniões alheias, mas não abandonas a tua própria decisão — indica teimosia ou incoerência entre o que se diz e o que se faz.

Versão neutra

Aceitas ouvir todos os conselhos, mas mantém a tua própria decisão.

O que significa exactamente este provérbio?
Significa que alguém ouve ou recolhe conselhos de outras pessoas, mas continua a agir segundo a sua própria opinião ou hábito, mostrando teimosia ou incoerência.
É ofensivo usar este provérbio com alguém?
Depende do tom e do contexto. Pode ser uma crítica directa e, por isso, ofensiva. Usado com humor ou entre amigos é menos grave; em contexto profissional pode ser percebido como censura.
Quando é apropriado usá-lo?
Quando se quer destacar a contradição entre ouvir conselhos e não os aplicar — por exemplo, após observar que alguém pediu opiniões e ignorou sugestões sensatas.
Como responder se alguém me disser isto?
Pode responder-se de forma serena: agradecer o reparo e explicar a razão da decisão, ou admitir que vai considerar as sugestões e reavaliar o comportamento.

Usa-se para criticar, de forma direta ou irónica, alguém que aceita ouvir conselhos mas não os aplica.
Funciona tanto em contexto familiar como profissional; o tom determina se é censura leve ou acusação mais dura.
Pode servir também como observação neutra sobre comportamento humano generalizado — nem sempre é ofensivo.
Não é um conselho prático, é uma constatação sobre atitude perante opinião alheia.

Quando José passou semanas a consultar colegas e a ignorar as recomendações, Maria comentou: «Todos os conselhos tomarás, só o teu não deixarás.»
Numa reunião, ouviu-se o provérbio depois de o líder recusar propostas viáveis que tinha pedido: era uma crítica à sua teimosia.

Ouvir e aplicar bons conselhos é sinal de prudência e aprendizagem.
Mudar de opinião perante nova informação é uma atitude racional, não fraqueza.
Nem sempre a persistência é negativa: autonomia e responsabilidade também têm valor.