Tolo é quem se confessa ao lobo.
Alerta contra revelar segredos, fraquezas ou planos a quem pode tirar proveito ou causar dano — especialmente a inimigos ou pessoas de confiança duvidosa.
Versão neutra
É tolo quem revela segredos a alguém que pode prejudicá-lo.
Faqs
- Quando é apropriado usar este provérbio?
Usa-se para advertir alguém que está a considerar revelar informação a uma pessoa potencialmente desonesta ou prejudicial. Serve como conselho de prudência em situações de confiança duvidosa. - O provérbio impede sempre a confiança?
Não. O provérbio sublinha a necessidade de avaliar quem é o interlocutor. Não impede confidências em relações seguras ou em contextos profissionais onde existem garantias. - É ofensivo dizer isto a alguém?
Depende do tom e do contexto. Pode ser interpretado como acusação de ingenuidade ou falta de julgamento; usado com cautela, funciona como aviso. - Há situações em que confessar é a melhor opção?
Sim. Em casos de perigo, crime, abuso ou quando procurar ajuda profissional, revelar a verdade a quem pode ajudar é apropriado — mesmo que o provérbio pareça desfavorável.
Notas de uso
- Usa-se para aconselhar cautela ao partilhar informação sensível.
- Frequentemente invocado em contextos pessoais, profissionais ou políticos.
- Não implica que nunca se deva confiar em ninguém; enfatiza a avaliação do risco antes de revelar algo.
- Pode ser dito de forma ameaçadora ou jocosa, dependendo do tom e do contexto.
Exemplos
- Quando o empregado contou os detalhes do projecto a um rival, os colegas comentaram: «Tolo é quem se confessa ao lobo.»
- Antes de partilhar documentos sensíveis, pensou no provérbio — é tolo quem se confessa ao lobo — e decidiu consultar o advogado.
- Numa discussão acesa com um adversário, lembrou-se do provérbio e calou-se: não valia a pena dar-lhe mais argumentos.
Variações Sinónimos
- Não te confesses ao lobo
- Quem confessa ao inimigo, arrepende-se
- Não confies segredos ao inimigo
- Não dês segredos a quem te pode trair
Relacionados
- Quem conta um segredo perde-o
- O silêncio vale ouro
- Fala pouco, ouve muito
- Cautela e confiança não são a mesma coisa
Contrapontos
- Existem exceções: revelar informação a profissionais (advogados, médicos, psicólogos) ou às autoridades pode ser necessário e seguro.
- Confessar um erro a alguém de boa-fé pode ser o primeiro passo para resolver um problema; o provérbio não deve impedir pedidos legítimos de ajuda.
- Em relações de confiança estabelecidas, partilhar pode reforçar laços; o provérbio aplica-se sobretudo quando a intenção ou o carácter do outro é duvidoso.
Equivalentes
- Inglês
Foolish is he who confesses to the wolf / Don't confide in the wolf - Espanhol
Tonto es quien se confiesa al lobo - Francês
Fou est celui qui se confesse au loup - Italiano
Sciocco è chi si confessa al lupo