Três luzes a arder deitam uma casa a perder.
Alerta para o perigo da acumulação de pequenos riscos ou negligências que, em conjunto, podem causar um desastre maior.
Versão neutra
Várias pequenas negligências juntas podem provocar um grande desastre.
Faqs
- O provérbio é literal ou apenas metafórico?
É sobretudo metafórico: usa a imagem de pequenas chamas que, juntas, podem incendiar uma casa para ilustrar o efeito cumulativo de riscos e negligências. - Quando é apropriado usar este provérbio?
Quando se quer alertar para a acumulação de pequenos problemas ou sua negligência recorrente, seja em segurança, finanças, gestão ou relações pessoais. - Significa que devemos evitar todo o risco?
Não necessariamente. O provérbio sublinha a necessidade de vigilância e prevenção, mas a decisão deve basear‑se numa avaliação racional do risco, custo e benefício.
Notas de uso
- Usa‑se para avisar contra descuidos repetidos ou contra a soma de pequenas falhas que podem culminar numa grande perda.
- A aplicação é sobretudo metafórica: refere‑se a riscos materiais, financeiros, de segurança ou de relações humanas.
- Tom e registo: coloquial, típico de linguagem popular; adequado em conversas informais, advertências e aconselhamento prático.
Exemplos
- Na oficina, três procedimentos de segurança ignorados em sequências distintas acabaram por provocar um incêndio: três luzes a arder deitam uma casa a perder.
- Em família, os pequenos desacordos e omissões acumulavam‑se: o irmão lembrou que 'três luzes a arder deitam uma casa a perder' e sugeriu mediação antes de tudo explodir.
- Nas finanças da empresa, compras impulsivas, facturas em atraso e má comunicação da equipa foram sinalizados com o provérbio para reforçar controlos.
Variações Sinónimos
- Três velas acesas queimam a casa
- Três luzes acesas fazem arder a casa
- Mais vale prevenir do que remediar (sinónimo de prevenção)
Relacionados
- Mais vale prevenir do que remediar
- For want of a nail (por falta de um prego, perde‑se a montaria) — ideia similar
- Casa roubada, trancas à porta (advertência sobre prevenção tardia)
Contrapontos
- Nem sempre a soma de pequenas falhas conduz a desastre; a expressão exagera o risco para alertar.
- Excesso de precaução pode ser contraproducente: em alguns contextos, aceitar pequenos riscos é racional.
- A metáfora não substitui análise concreta: é preciso avaliar probabilidades e consequências reais, não apenas temer acumulativamente.
Equivalentes
- inglês
For want of a nail… (por falta de um prego, ocorreu uma sequência de perdas) - inglês
A stitch in time saves nine (um remendo a tempo evita maiores problemas) - espanhol
Por una vela se pierde la casa (variante popular com sentido semelhante)