Exprime lamento ou compaixão pela condição de quem morre, frequentemente com conotação moral ou fatalista (p. ex. morrer sem remissão, sem ver algo importante ou sem cumprir deveres).
Versão neutra
É triste para quem morre.
Faqs
Qual é o sentido exacto deste provérbio? Geralmente expressa pena ou lamento pela situação de quem morre, com frequência sublinhando perda, arrependimento tardio ou privação de uma oportunidade.
Quando é apropriado usar esta expressão? Em contextos literários, religiosos ou reflexivos, quando se quer enfatizar a gravidade de morrer em determinada condição; evitar em conversas de consolo direto, por poder ser insensível.
É uma expressão ofensiva? Não é intrinsecamente ofensiva, mas pode ser dura; o tom e o contexto determinam se soa consoladora, julgadora ou insensível.
Tem origem bíblica? Não há prova de origem bíblica directa; a construção e o sentido aproximam-se de formulações religiosas e morais que abundam na tradição ocidental.
Notas de uso
Registo: formal/solemne; pode soar arcaico dependendo do contexto.
Uso comum em discursos religiosos, literários ou funerários para sublinhar a gravidade da morte ou a pena por quem parte.
Pode transmitir juízo moral (p. ex. morrer em pecado) ou simples tristeza pela perda.
Cuidado: usado literalmente pode ser insensível em contextos de luto; melhor adequar o tom.
Exemplos
Ao ouvir que o velho sábio partira sem reconciliar com a família, o padre murmurou: «Triste de quem morre», querendo sublinhar a oportunidade perdida.
Num tom mais leve, disse-se na crónica social: «Triste de quem morre — não verá o desfecho desta curiosa novela política», referindo-se a alguém que perderia acontecimentos futuros.
Num sermão, a expressão foi usada para lamentar quem morre sem arrepender-se: «Triste de quem morre sem esperança».
Variações Sinónimos
Pena de quem morre
Ai de quem morre
Tristeza de quem morre
Triste do homem que morre
Relacionados
Depois da morte, nada se leva
Enquanto há vida há esperança
Quem morre cedo não vê velhice
A vida é uma só
Contrapontos
Enquanto há vida há esperança — contrapõe a ideia de desespero perante a morte.
Vive como se fosses morrer amanhã — incentiva a aproveitar a vida em vez de lamentar a inevitabilidade.
A morte faz parte da vida — enquadra a perda como elemento natural, não apenas motivo de pena.