Um dia do pau, outro do machado.
Expressa a alternância entre dias de sorte e dias de azar; há dias em que tudo corre bem e outros em que tudo corre mal.
Versão neutra
Há dias em que corre bem e dias em que corre mal.
Faqs
- Quando devo usar este provérbio?
Use-o para comentar situações em que os resultados variam sem causa aparente clara — por exemplo flutuações de sorte, desempenho irregular ou tratamento alternado. É mais apropriado em contextos informais. - O provérbio tem tom negativo?
Não necessariamente. Pode ter um tom resignado ou bem‑humorado; serve tanto para consolar alguém por um dia mau como para reconhecer a inconstância da vida. - É ofensivo falar de 'pau' e 'machado'?
As palavras evocam ferramentas que podem ter conotação violenta, mas no provérbio funcionam como metáforas. Em contextos sensíveis, prefira versões neutras como 'há dias bons e dias maus'. - Há variações regionais deste provérbio?
Sim. Frases com a mesma ideia — por exemplo 'há dias com e dias sem' ou 'um dia sim, outro não' — são usadas em diferentes regiões lusófonas.
Notas de uso
- Usa-se para comentar variações de desempenho, sorte ou tratamento — por exemplo no trabalho, no desporto, nas relações ou na economia.
- Registo: coloquial e popular; adequado em conversas informais e textos sobre sabedoria popular.
- Não pretende encorajar violência; as palavras 'pau' e 'machado' são imagens metafóricas de consequências diferentes.
- Pode servir para consolar (aceitar maus momentos) ou para explicar resultados irregulares sem atribuir culpa imediata.
Exemplos
- A equipa joga a altos níveis uma semana e depois falha por completo na seguinte — é mesmo um dia do pau, outro do machado.
- Não te preocopes demasiado com uma má entrevista; um dia do pau, outro do machado — a próxima pode correr melhor.
- No mercado financeiro, uns dias sobem as ações, noutros descem; os investidores costumam dizer ‘um dia do pau, outro do machado’.
Variações Sinónimos
- Um dia sim, outro não.
- Há dias bons e dias maus.
- Há altos e baixos.
- Um dia é do pau, outro é do machado.
Relacionados
- Não há bem que sempre dure, nem mal que nunca se acabe.
- Depois da tempestade vem a bonança.
- A sorte é muda e muda de sítio.
Contrapontos
- Nem tudo é sorte: a persistência e o trabalho podem tornar os resultados mais previsíveis.
- Acontece que, com preparação, muitos maus dias podem ser evitados — não é só azar.
- Algumas áreas (protocolos, rotinas) reduzem a aleatoriedade; nem sempre se pode atribuir tudo à sorte.
Equivalentes
- inglês
Some days you win, some days you lose. - francês
Il y a des jours avec et des jours sans. - alemão
Mal hat man Glück, mal hat man Pech. - espanhol
Unos días se gana, otros se pierde.