Uma flor não faz primavera

Uma flor não faz primavera.

Uma ocorrência isolada não é suficiente para concluir que houve uma mudança duradoura ou uma tendência geral.

Versão neutra

Uma ocorrência isolada não define uma tendência.

Quando devo usar este provérbio?
Use-o para aconselhar prudência quando alguém tira conclusões a partir de um único facto ou evento, especialmente ao avaliar tendências ou ao tomar decisões com base em pouca informação.
Qual é a diferença entre este provérbio e 'a exceção confirma a regra'?
'Uma flor não faz primavera' sublinha que um caso isolado não estabelece uma tendência. 'A exceção confirma a regra' tem uma nuance diferente: sugere que a existência de uma exceção pode, em certos contextos, reafirmar a norma entendida; são usos distintos e não intercambiáveis.
Pode este provérbio ser usado de forma injusta?
Sim. Pode servir para desvalorizar provas legítimas quando a evidência, embora limitada, é relevante. Deve aplicar-se com critério e atenção ao contexto e à qualidade da evidência.
Há contextos em que uma única ocorrência é suficiente?
Sim. Em áreas como segurança, saúde pública ou direito, um único evento pode ter importância decisiva. Nesses casos, a máxima não se aplica sem considerar a gravidade e o contexto.

Usa-se para pedir cautela antes de tirar conclusões a partir de um único episódio favorável.
Comum em contextos de análise de tendências (económica, social, científica) e em avaliações pessoais ou profissionais.
Tom e intenção: pode ser neutro (aconselhando prudência) ou minimizar um resultado isolado (dismissivo).
Não deve ser usado para desvalorizar evidência quando o único caso é, de facto, decisivo ou representativo (por ex., provas legais, eventos extremos).

O aumento das vendas este mês foi bom, mas uma flor não faz primavera — vamos observar os resultados nos próximos trimestres antes de mudar a estratégia.
Ganhar um jogo não significa que a equipa virou a temporada; uma flor não faz primavera, precisamos de mais consistência.
A queda repentina do desemprego reflecte dados pontuais: uma ocorrência isolada não define uma tendência e devemos aguardar confirmação.
Recebeste um elogio importante, mas uma flor não faz primavera — é preferível manter o desempenho habitual.

Em certos contextos, um único evento pode ser indicador fiável (por exemplo, um sinal líder em vigilância epidemiológica ou prova legal convincente).
Quando a amostra é necessariamente pequena, cada observação tem peso maior — então não se pode aplicar o provérbio mecanicamente.
Mudanças súbitas e disruptivas podem começar com um único evento determinante; atenção a contextos em que o impacto é desproporcionado.