Uma onda se vai e outra vem.
Expressa a ideia de que as situações mudam com o tempo; períodos difíceis e favoráveis alternam, por isso nada é permanente.
Versão neutra
As situações mudam: aquilo que acaba dará lugar a outra circunstância.
Faqs
- Quando é apropriado usar este provérbio?
É apropriado para consolar alguém, relativizar uma situação ou lembrar a natureza passageira das circunstâncias. Deve ser usado com sensibilidade se a pessoa está em sofrimento imediato. - Tem origem literal no mar?
Provavelmente sim: a imagem das ondas que recuam e avançam é uma metáfora natural usada em muitas culturas para representar ciclos e mudanças, mas não existe uma origem documental específica. - É o mesmo que 'isto também passará'?
Sim, transmite a mesma ideia central de transitoriedade. A diferença está no registo imagético: ‘uma onda se vai e outra vem’ remete diretamente para o mar.
Notas de uso
- Usa-se para consolar alguém após uma perda ou dificuldade, sugerindo que o estado atual não durará para sempre.
- Pode ser dito também em contexto positivo, para relativizar uma fase favorável e lembrar que as circunstâncias mudam.
- Tom cauteloso: não substitui ação prática quando é necessário intervir; serve sobretudo como observação sobre a transitoriedade.
- Registo: coloquial e sábio; apropriado em conversas informais e em textos reflexivos.
Exemplos
- Depois de perder o emprego, lembrou-se que uma onda se vai e outra vem e começou a procurar novas oportunidades com calma.
- Quando a bolsa caiu, alguns investidores repetiram que 'uma onda se vai e outra vem' para não tomarem decisões precipitadas.
- Ao terminar uma relação, a frase ajudou-a a aceitar a mudança sabendo que, com o tempo, surgiriam novas possibilidades.
- Num período de boas vendas, o gerente lembrava a equipa que uma onda se vai e outra vem para incentivar prudência nos investimentos.
Variações Sinónimos
- Isto também passará.
- Depois da tempestade vem a bonança.
- Tudo passa.
- Nada é para sempre.
Relacionados
- Isto também passará.
- Depois da tempestade vem a bonança.
- Tudo passa, tudo fica.
- Águas passadas não movem moinhos (relativiza o passado).
Contrapontos
- Não é adequada para minimizar injustiças ou problemas que exigem ações concretas e urgentes; não deve substituir responsabilidades.
- Em contextos de risco contínuo (por exemplo, saúde pública, pobreza estrutural), usar o provérbio pode ser visto como insensível ou como desculpa para não agir.
- Relativizar demasiado uma vitória também pode impedir a celebração adequada de conquistas merecidas.
Equivalentes
- Inglês
This too shall pass. - Espanhol
Esto también pasará. - Francês
Cela aussi passera. - Italiano
Anche questo passerà.