Uso ponhas, que não tolhas.
Conselho para respeitar usos e hábitos estabelecidos, evitando proibições ou mudanças bruscas.
Versão neutra
Respeita os usos; não os proíbam.
Faqs
- Quando se usa este provérbio?
Usa-se para aconselhar cautela antes de mudar práticas, costumes ou procedimentos já estabelecidos, sugerindo que não se deve proibir ou abolir sem necessidade. - É um provérbio comum no português atual?
Tem contornos arcaicos e regionais; embora a ideia seja familiar, a forma exata é menos corrente entre falantes mais jovens e urbanos.
Notas de uso
- Expressão de sabor tradicional/arcaico, mais comum em zonas rurais ou em gerações mais velhas.
- Usado para aconselhar prudência ao alterar costumes, práticas de trabalho ou rituais sociais.
- Pode aparecer em contextos formais (discussões sobre regras ou leis) e informais (conselho familiar).
- Registo: neutro a conservador; usar com cuidado quando se pretende defender inovação.
Exemplos
- Quando a empresa propôs mudanças imediatas ao turno, o gerente disse: «Uso ponhas, que não tolhas» — melhor adaptar progressivamente.
- Ao discutir a festa anual da aldeia, sugeriram manter a tradição em vez de a abolir: «Uso ponhas, que não tolhas.»
Variações Sinónimos
- Deixa os usos, não os cortes.
- Não proíbam os costumes.
- Não mexas no que está a funcionar.
Relacionados
- Se não está estragado, não consertes.
- Mais vale o conhecido que o desconhecido.
- Não mexas em obra feita.
Contrapontos
- Muda-se para melhorar — as mudanças podem ser necessárias para progresso.
- Quem não arrisca não petisca — a inovação traz oportunidades.
Equivalentes
- inglês
If it ain't broke, don't fix it. - espanhol
No arregles lo que no está roto. - francês
Si ce n'est pas cassé, ne le réparez pas.