Vampiro não se dá em gaiola.
Metáfora que indica que algo ou alguém essencialmente indomável ou perigoso não aceita ser controlado ou confinado.
Versão neutra
O que é incontrolável não se deixa prender por limitações impostas.
Faqs
- Quando posso usar este provérbio?
Use-o em contextos informais ou literários para sugerir que uma pessoa, hábito ou força não aceita ser controlada; evite usos que possam estigmatizar condições de saúde ou justificar comportamentos perigosos. - O provérbio tem origem conhecida?
Não há origem documentada clara para esta formulação; é uma imagem metafórica que recorre à figura do vampiro como símbolo do indomável. - É ofensivo dizer que alguém 'não se dá em gaiola'?
Depende do contexto. Pode ser interpretado como elogio (espírito livre) ou crítica (irresponsabilidade). Evite aplicá‑lo a pessoas vulneráveis sem sensibilidade. - Há alternativas mais neutras?
Sim: «O que é incontrolável não se deixa prender» ou «Não se prende o que é indomável» são versões menos figuradas.
Notas de uso
- Registo informal e figurado; usado para descrever pessoas, hábitos ou forças que resistem a limites impostos.
- Não é literal: refere-se a características de personalidade, comportamentos ou situações difíceis de domesticar ou reprimir.
- Evitar usar a expressão para estigmatizar doenças mentais, dependências ou grupos vulneráveis; funciona melhor em contextos literários, coloquiais ou analógicos.
Exemplos
- Quando tentaram enquadrar o músico em regras rígidas de estúdio, o diretor disse: «Vampiro não se dá em gaiola» — ele precisa de liberdade criativa.
- Perante a resistência do activista a compromissos que limitassem a causa, os colegas comentaram: vampiro não se dá em gaiola.
- Usou o provérbio para justificar que um projecto experimental não podia seguir procedimentos convencionais: nem tudo se enquadra em caixas.
Variações Sinónimos
- Não se prende um vampiro numa gaiola.
- Vampiro não aceita gaiola.
- Não se mete um vampiro em gaiola.
- O indomável não se doma.
Relacionados
- O indomável não se doma (frase proverbial menos figurada).
- Não se pode prender o vento (variações metafóricas sobre liberdade).
- Cada um com a sua natureza (ideia de que características essenciais resistem à mudança).
Contrapontos
- Em certos contextos (segurança pública, saúde), limites e confinamento podem ser necessários e justificáveis.
- Nem tudo o que é problemático deve ser aceito como inevitável; disciplina e terapia podem mudar comportamentos.
- A expressão pode romantizar atitudes perigosas; é preciso avaliar riscos reais antes de alegar que algo «não se pode prender».
Equivalentes
- inglês
You can't cage a vampire. - espanhol
No se encierra a un vampiro en una jaula. - português (var. neutralizada)
Não se prende o que é incontrolável.