Vinho e moça, peral e faval, maús são de guardar
Coisas valiosas ou frágeis — tanto bens materiais como pessoas — devem ser protegidas e vigiadas para evitar perdas ou danos.
Versão neutra
Vinho, moça, pereira e favas são de guardar.
Faqs
- Qual é o sentido deste provérbio?
Significa que aquilo que é valioso, frágil ou importante — sejam bens, colheitas ou pessoas — deve ser protegido e vigiado para evitar perdas ou danos. - De onde vem este provérbio?
A origem exacta é desconhecida; trata‑se de um provérbio popular com imagens rurais (vinho, pereira, campo de favas) que sugere um contexto agrÃcola e comunitário. - É apropriado usar 'moça' no provérbio hoje em dia?
O termo 'moça' é tradicional e pode soar antiquado. Quando aplicado a pessoas, convém ter sensibilidade para não transmitir uma visão paternalista ou reductiva. - Como se pode usar este provérbio em linguagem moderna?
Pode ser parafraseado de forma neutra — por exemplo, ‘‘Guarda bem o que é valioso’’ — ou usado ironicamente para lembrar alguém que proteja bens ou informação.
Notas de uso
- Provérbio de registo popular e tradicional, com linguagem arcaizante (peral = pereira; faval = campo de favas).
- Usa-se para aconselhar precaução e cuidado na guarda de bens, colheitas ou pessoas que se consideram preciosas ou vulneráveis.
- Hoje tende a aparecer em contextos literários, regionais ou irónicos; pode soar antiquado em linguagem corrente.
- Quando usado em referência a pessoas, deve ter-se cuidado para não parecer paternalista ou redutor.
Exemplos
- Na aldeia, o velho repetia o provérbio quando a vindima começava: ‘‘Vinho e moça, peral e faval, maús são de guardar’’, para lembrar que tudo precisa de vigilância.’’
- Usaram a ideia do ditado para motivar a equipa: ‘‘Guardem bem os documentos e os activos da empresa — vinho e moça, peral e faval — não se descuida o que é precioso.’’
Variações Sinónimos
- Vinho e moça, pereira e faval, maus são de guardar
- Vinho e moça, peral e fava, tudo é de guardar
- Guardar o que é caro
Relacionados
- Mais vale prevenir do que remediar
- Quem não tem cão, caça com gato (sobre improvisar protecção)
- Casa onde não há cão, o lobo come a carne (sobre a falta de vigilância)
Contrapontos
- Quem não arrisca não petisca (valorização do risco em vez da conservação)
- Deixa andar — às vezes o excesso de zelo impede o aproveitamento
Equivalentes
- Inglês
Guard what you value (literal paraphrase: wine and maiden, pear-tree and bean-field should be guarded). - Espanhol
Vino y moza, peral y faval, hay que guardar lo preciado. (paráfrase) - Francês
Ce qui est précieux, il faut le garder. (paraphrase) - Alemão
Bewahre, was dir lieb ist. (paraphrase)