Viu-se o demo em socos e quis pisar os outros

Viu-se o demo em socos e quis pisar os outros.
 ... Viu-se o demo em socos e quis pisar os outros.

Diz-se de quem, ao ser apanhado ou exposto em falta, tenta culpar, atacar ou prejudicar outros para desviar a atenção ou salvar-se.

Versão neutra

Foi apanhado em falta e, para se proteger, tentou culpar ou prejudicar outras pessoas.

Faqs

  • O que significa exactamente este provérbio?
    Significa que uma pessoa, quando é apanhada a fazer algo errado ou fica exposta, procura culpar, atacar ou prejudicar terceiros para esconder a própria falta ou escapar às consequências.
  • Em que contextos posso usar este provérbio?
    Usa‑se em contextos críticos ou irónicos, por exemplo para comentar comportamentos em política, trabalho ou relações pessoais onde alguém desvia culpas depois de ser apanhado. Evite‑o em ambientes muito formais sem contexto.
  • É uma expressão ofensiva?
    Não é explicitamente ofensiva, mas é crítica e pode magoar quem for alvo. 'Demo' (diabo) tem tom figurado; avalie o contexto antes de a usar.

Notas de uso

  • Usa‑se para criticar atitudes de hipocrisia, defesa agressiva ou transferência de culpa.
  • Tom habitual: crítico ou irónico; não é adequado para contextos formais sem explicação.
  • A expressão é algo arcaica no registo; 'demo' é variante de 'diabo' e 'socos' funciona como imagem de exposição ou confronto.

Exemplos

  • Quando a auditoria mostrou as irregularidades, o diretor recusou as responsabilidades e começou a acusar a equipa — viu‑se o demo em socos e quis pisar os outros.
  • Apanhado a copiar durante o exame, o aluno apontou o dedo a colegas inocentes; viu‑se o demo em socos e quis pisar os outros.

Variações Sinónimos

  • Viu‑se o diabo em socos e quis pisar os outros
  • Apanhado em falta, quis culpar os outros
  • Quem é apanhado, procura um bode expiatório

Relacionados

  • Quem tem telhados de vidro não atire pedras ao vizinho
  • Apontar dedos (expressão sobre transferir culpa)
  • Bode expiatório (expressão relacionada)

Contrapontos

  • Nem toda defesa agressiva resulta de culpa; alguém pode reagir mal por pressão ou medo de ser injustamente acusado.
  • Acusar outros pode também ser uma estratégia de desespero, não necessariamente malícia calculada.
  • Antes de aplicar o provérbio, convém verificar os factos para evitar calúnias.

Equivalentes

  • inglês
    Caught red‑handed, he tried to blame others.
  • espanhol
    Al ser descubierto, quiso echar la culpa a los demás.
  • francês
    Pris en faute, il a voulu rejeter la faute sur les autres.