Colhes o que plantas.

Você colhe o que planta.

As ações e escolhas de uma pessoa tendem a produzir consequências compatíveis com essas ações; expressão da relação causal e da responsabilidade individual.

Versão neutra

Cada um colhe o que planta.

Faqs

Qual é a origem deste provérbio?
Tem origem na experiência agrícola antiga e foi adoptado como metáfora em muitas culturas; uma formulação com sentido semelhante aparece na Bíblia (por exemplo, Gálatas 6:7).
Significa que tudo é justiça perfeita?
Não. Indica uma tendência de causa e efeito, mas não garante que o mundo seja sempre justo. Factores externos podem impedir que alguém 'colha' o que merece.
Como posso usar este provérbio sem ser insensível?
Use-o para enfatizar responsabilidade pessoal em contextos apropriados; evite aplicá-lo a situações onde factores estruturais, azar ou coerções tornam a interpretação injusta.

Notas de uso

Usado metaforicamente para indicar consequência de actos próprios, especialmente em contexto moral, ético ou laboral.
Registo: coloquial a neutro; aplicável em conversas quotidianas, textos didácticos e reflexões morais.
Evitar usar como justificação simplista para injustiças sociais ou para culpar vítimas quando factores externos (estrutura, sorte, desigualdade) têm papel significativo.
Pode referir tanto consequências positivas (recompensas) como negativas (prejuízos) resultantes de comportamentos repetidos.

Exemplos

Se passaste meses a negligenciar o projecto, não te surpreendas com um resultado fraco — colhes o que plantas.
Ela sempre apoiou os colegas e foi recíproco: agora foi promovida; é um exemplo de que se colhe o que se planta.
Num debate sobre política social, lembraram que o provérbio não explica desigualdades sistémicas: há quem não consiga colher mesmo quando semeia.

Variações Sinónimos

Colhes o que plantas
Quem semeia colhe
O que se planta, colhe-se
Quem semeia vento, colhe tempestades (variação mais dramática)

Relacionados

Quem semeia, colhe
Cada um colhe o que semeia
Quem planta vento, colhe tempestades
A colher o que se planta

Contrapontos

Nem sempre as consequências pessoais são resultado exclusivo das escolhas individuais; factores estruturais, sorte e oportunidades influenciam os resultados.
Atribuir sempre responsabilidade individual pode ignorar desigualdades sociais e económicas.
Há atrasos temporais entre acção e consequência: nem tudo o que se planta é colhido imediatamente ou pelo mesmo agente.