O corpo é o fiador da boca

O corpo é o fiador da boca.
 ... O corpo é o fiador da boca.

As palavras têm consequências que acabam por se refletir no comportamento, reputação ou bem‑estar físico de quem as profere.

Versão neutra

As palavras produzem consequências que acabam por afetar quem as diz.

Faqs

  • Quando devo usar este provérbio?
    Usa‑o para advertir alguém sobre a responsabilidade associada a promessas, insultos ou afirmações públicas — especialmente quando essas palavras podem levar a actos subsequentes ou a perda de confiança.
  • Significa que a saúde física é sempre afectada pelas palavras?
    Não necessariamente. O provérbio refere‑se sobretudo a consequências sociais, profissionais e comportamentais. Deve‑se evitar interpretá‑lo como explicação médica direta.
  • É apropriado para conversas formais?
    Sim, pode ser usado em contextos formais para sublinhar responsabilidade e prudência, mas mantenha o tom moderado para não soar acusatório.

Notas de uso

  • Advertência sobre responsabilidade ao falar: lembra que promessas, insultos ou alardes podem trazer custos reais para quem os profere.
  • Usa‑se em contextos sociais, profissionais e familiares para pedir prudência na fala.
  • Não é uma justificação para interpretar literalmente problemas de saúde como consequência exclusiva de palavras; aplica‑se sobretudo a reputação, actos subsequentes e consequências sociais.
  • Tom geralmente moralizador ou educativo; evita‑lo em contextos clínicos onde se exige precisão causal.

Exemplos

  • Disse que não precisava de estudar e depois falhou o exame; o corpo é o fiador da boca — pagou‑se a falta de preparação.
  • Na reunião prometeste resolver aquele problema sozinho; se não o fizeres, lembra‑te que o corpo é o fiador da boca, e terás de responder pelas consequências.
  • No debate político, os comentadores lembraram que o corpo é o fiador da boca quando o ministro viu a sua credibilidade afectada por declarações precipitadas.

Variações Sinónimos

  • As palavras têm consequências.
  • Quem semeia ventos colhe tempestades.
  • Boca fechada não entra mosca (variação que valoriza a prudência ao falar)

Relacionados

  • responsabilidade
  • reputação
  • autocontrolo
  • linguagem corporal
  • consequências das acções

Contrapontos

  • Nem sempre as palavras geram consequências físicas ou imediatas; o contexto e as intenções importam.
  • Em algumas situações, criticar ou denunciar pode ter custos para quem fala, mas também pode ser necessário e justo.
  • Não deve ser usado para culpar vítimas por problemas de saúde ou por circunstâncias alheias à sua responsabilidade.

Equivalentes

  • Inglês
    Words have consequences / Actions speak louder than words (equivalentes aproximados)
  • Espanhol
    Las palabras tienen consecuencias (equivalente aproximado)
  • Francês
    Les paroles ont des conséquences (equivalente aproximado)