
As palavras devem ser acompanhadas por ações; aquilo que se diz só vale se houver quem o garanta ou quem o cumpra.
Versão neutra
As palavras devem ser sustentadas por ações ou por quem as garante.
Faqs
- Quando devo usar este provérbio?
Use-o para lembrar alguém da necessidade de cumprir promessas ou para criticar quem fala muito sem provar com actos. Adequado em conversas informais e em contextos de avaliação de desempenho. - É um provérbio ofensivo?
Não é intrinsecamente ofensivo; é uma observação sobre coerência entre palavra e acção. Contudo, usado directamente contra alguém pode soar crítico. - Significa que devemos sempre ter apoio (pessoas) para o que dizemos?
Uma interpretação possível é essa — que a palavra vale mais se houver alguém ou alguma credibilidade a garanti‑la. Mais comummente, enfatiza a necessidade de as palavras serem acompanhadas por actos.
Notas de uso
- Usado para sublinhar a importância de que as declarações sejam apoiadas por actos concretos ou por responsabilidade de terceiros.
- Registo: popular, possivelmente regional e um pouco arcaico; compreendido em Portugal, mas menos comum no uso corrente.
- Pode ser empregado para censurar boquilhas (pessoas que falam muito) ou para lembrar a necessidade de coerência entre palavra e obra.
- Interpretações alternativas: pode também implicar que se tem um ‘apoio’ (uma pessoa ou reputação) que respalda o que se diz.
Exemplos
- O João vive a prometer grandes projectos, mas ninguém o toma a sério: as costas são o fiador da boca — tem de provar com trabalho.
- Na reunião, ela afirmou que resolveria o problema; com uma equipa competente por trás, as costas são o fiador da boca e as promessas passam a planos.
Variações Sinónimos
- As palavras pedem obras
- Falar é fácil, fazer é que é difícil
- Acta non verba (atos, não palavras)
Relacionados
- Falar é fácil, fazer é difícil
- De palavras está o inferno cheio
- Quem promete, cumpre
Contrapontos
- Nem sempre as acções respaldam as palavras: há casos em que se fala e se age pouco, pelo que o provérbio é mais uma aspiração do que uma regra infalível.
- Em algumas situações, a 'boca' pode ter protecções (poder político, influência) que tornam irrelevante a necessidade de actos concretos — o provérbio sublinha uma norma ética, não um facto universal.
Equivalentes
- inglês
Actions speak louder than words / Talk is cheap; actions are the proof. - espanhol
Las acciones hablan más que las palabras. - francês
Les actes valent mieux que les paroles. - latim
Acta, non verba.