A boca que escorrega, aparelha muitas quedas.

Palavras inadvertidas ou descuidadas podem provocar muitos problemas e consequências negativas.

Versão neutra

Uma palavra descuidada pode causar muitos problemas.

O que quer dizer exactamente este provérbio?
Significa que um comentário descuidado ou uma indiscrição pode provocar muitos problemas, como mal-entendidos, rumores ou prejuízos.
Quando é apropriado usar este provérbio?
Quando se pretende advertir alguém sobre os riscos de falar sem pensar, sobretudo ao transmitir informação sensível ou ao comentar sobre terceiros.
O provérbio encoraja o silêncio absoluto?
Não. Advoga prudência na fala, mas reconhece que há ocasiões em que é necessário falar para corrigir injustiças ou proteger pessoas.
Tem origem conhecida histórica ou regional?
Não há origem claramente documentada para esta formulação; é uma construção proverbial que resume um princípio comum a muitas línguas.

Usa-se para advertir alguém sobre os riscos de falar sem pensar ou de divulgar informações sensíveis.
Aplica-se em contextos informais e formais: família, trabalho, política e diplomacia.
Implica responsabilidade pela linguagem: o locutor pode causar danos, rumores ou conflitos.
Não é um encorajamento à censura absoluta; sublinha a necessidade de ponderação ao falar.

No escritório, a gerente lembrou a equipa: "A boca que escorrega, aparelha muitas quedas" — sobretudo quando se fala de mudanças internas.
Depois de partilhar rumores na festa, constatou-se que a boca que escorrega, aparelha muitas quedas: relações pessoais ficaram danificadas.
Na negociação, o diplomata evitou comentários precipitados, porque sabia que a boca que escorrega, aparelha muitas quedas.

Nem sempre calar é virtuoso: em situações de injustiça, falar pode prevenir danos maiores.
Há contextos (ex.: proteção de terceiros) em que revelar informação é necessário, apesar do risco de consequências.
O provérbio não justifica omissão de responsabilidades ou cumplicidade pelo silêncio.