A bom entendedor meia palavra basta.
Quem compreende com facilidade não precisa de muitas explicações; basta um breve apontamento para perceber a mensagem.
Versão neutra
Quem entende bem precisa de poucas explicações.
Faqs
- Quando posso usar este provérbio?
Use-o para sublinhar que alguém compreendeu rapidamente uma ideia ou instrução, ou quando pretende evitar explicações desnecessárias. Evite-o em situações que exigem precisão absoluta. - O provérbio é considerado rude?
Não é intrinsecamente rude, mas pode ser interpretado como condescendente ou evasivo se usado para evitar explicações importantes ou para insinuar algo sem clarificar. - Há variantes em Portugal e no Brasil?
Sim. A forma mais corrente em Portugal é 'A bom entendedor meia palavra basta' ou 'A bom entendedor, poucas palavras bastam'. No Brasil também são usadas variantes semelhantes. - Pode ser aplicado em trabalho técnico?
Em contextos técnicos é preferível fornecer instruções completas. O provérbio só é apropriado quando se tem certeza de que o interlocutor possui o conhecimento necessário.
Notas de uso
- Usa-se para indicar que uma pessoa percebeu o que foi dito sem necessidade de alongar-se.
- Pode ser usado de modo afirmativo (elogio à perceção) ou irónico/sobreentendido (quando não se quer expor algo explicitamente).
- Não é apropriado quando é necessária clareza completa — em contextos legais, médicos, educativos ou técnicos deve explicar-se com detalhe.
Exemplos
- Expliquei-lhe apenas o problema e ele resolveu-o; a bom entendedor meia palavra basta.
- Quando combinámos o encontro, não disse a hora em voz alta, mas para quem estava por dentro, meia palavra bastou.
- O professor deu a pista necessária; aos alunos atentos, meia palavra bastou para encontrar a solução.
Variações Sinónimos
- A bom entendedor, poucas palavras bastam.
- Para bom entendedor, meia palavra basta.
- A buen entendedor, pocas palabras bastan.
Relacionados
- O silêncio é de ouro.
- Poucas palavras bastam.
Contrapontos
- Situações em que a ambiguidade pode causar dano: contratos, consentimento médico, instruções de segurança — aí é preciso especificidade e não 'meia palavra'.
- Quando se comunica com aprendizes, crianças ou pessoas que não dominam o assunto, é preferível explicar com maior detalhe.
- Em contextos interculturais ou com barreiras linguísticas, pressupor entendimento com pouca informação pode levar a mal-entendidos.
Equivalentes
- Inglês
A word to the wise is sufficient. - Espanhol
A buen entendedor, pocas palabras bastan. - Francês
À bon entendeur, salut! - Italiano
A buon intenditor poche parole. - Alemão
Einem Klugen genügen wenige Worte.