À casa do rico irás, se fores chamado; e à do pobre, sem seres chamado

À casa do rico irás, se fores chamado; e à do p ... À casa do rico irás, se fores chamado; e à do pobre, sem seres chamado.

Observa que as pessoas ricas tendem a receber visitas apenas quando convidam, enquanto as pessoas pobres costumam receber visitas sem convite; comenta desigualdades sociais e padrões de convívio.

Versão neutra

Na casa do rico entra-se só quando convidado; na do pobre, entra-se sem convite.

Faqs

  • Quando é apropriado usar este provérbio?
    É apropriado quando se quer comentar, de forma geral, diferenças de comportamento social relacionadas com riqueza e poder, ou para sublinhar a ideia de que os mais pobres tendem a manter redes de ajuda mais espontâneas. Deve evitar-se o uso para julgar indivíduos sem contexto.
  • O provérbio é ofensivo para pobres ou ricos?
    O provérbio contém uma generalização social e pode ser interpretado como estereótipo. Usado de forma crítica ou analítica não é necessariamente ofensivo, mas em conversa directa pode magoar se aplicado a pessoas concretas.
  • Reflete ainda a realidade contemporânea?
    Parcialmente. Em comunidades tradicionais pode ainda ser observável, mas urbanização, mobilidade e preocupações com privacidade/segurança tornaram as práticas de visita mais variadas.

Notas de uso

  • Usa-se para criticar ou assinalar diferenças de comportamento social entre classes económicas.
  • Pode ser dito de forma irónica ou como comentário sociológico sobre quem tem ou não poder e prestígio.
  • É um provérbio com carga social — convém ter cuidado ao aplicá-lo diretamente a indivíduos para não estigmatizar.
  • Historicamente reflecte realidades de dependência mútua e redes de solidariedade onde a pobreza torna a hospitalidade mais espontânea.

Exemplos

  • Quando o João chegou à festa, comentou: «Isto prova o que diz o provérbio: à casa do rico vai-se só se houver convite; à do pobre, aparece-se sem aviso.»
  • A avó dizia muitas vezes que, na aldeia, a porta do pobre estava quase sempre aberta — bem ao modo do provérbio.
  • Num debate sobre solidariedade, a professora usou o provérbio para explicar como as redes de vizinhança surgem mais nas camadas menos favorecidas.

Variações Sinónimos

  • À casa do rico vai-se por convite; à do pobre, entra-se sem convite.
  • O rico só abre a porta quando chama; o pobre abre-a a todos.
  • Na casa do bem-posicionado entra-se convidado; na do humilde, entra-se sem convite.

Relacionados

  • Quem tem padrinho não morre pagão (sobre influência e acessos sociais).
  • Amigo em tempo de necessidade se conhece (sobre solidariedade e apoio).
  • A hospitalidade é um bem sem preço (sentido moral relativo à recepção de outros).

Contrapontos

  • Nem sempre é verdade: há ricos generosos que recebem sem aviso e pobres reservados que não o fazem.
  • Mudanças sociais e culturais (urbanização, privacidade, segurança) alteraram padrões de visita e hospitalidade.
  • O provérbio reduz complexidades a uma generalização sobre classes sociais; convém contextualizar antes de tirar conclusões.

Equivalentes

  • Inglês
    The rich receive only by invitation; the poor receive without being asked. (equivalent expression summarising the idea)
  • Espanhol
    A la casa del rico se va por invitación; a la del pobre, sin ser invitado. (versión equivalente popular)
  • Francês
    Chez le riche on vient sur invitation; chez le pauvre on entre sans l'être. (équivalent descriptif)
  • Italiano
    A casa del ricco si va se invitati; a quella del povero si entra senza invito. (equivalente cercano)