A desventura sempre espreita e vem não cuidada.

As desgraças ou contratempos podem surgir a qualquer momento e sem aviso; apela à precaução e vigilância.

Versão neutra

A desventura pode surgir a qualquer momento e sem aviso.

O que significa 'não cuidada' neste provérbio?
'Não cuidada' tem aqui o sentido de 'não esperada' ou 'sem aviso'. É uma construção arcaica/idiomática que não se refere a falta de cuidado físico.
É um provérbio pessimista?
Pode soar pessimista, mas a intenção é sobretudo advertir para a imprevisibilidade dos contratempos e incentivar a prevenção e a vigilância.
Quando devo usar este provérbio?
Use‑o ao aconselhar precaução, ao justificar medidas preventivas ou ao comentar um contratempo inesperado. Evite‑o em contextos que exijam demasiado optimismo ou encorajamento puro.
Tem equivalentes modernos?
Sim. Frases como 'o azar não avisa' ou 'as desgraças surgem sem aviso' têm sentido semelhante em linguagem contemporânea.

Tom tradicional e um pouco arcaico; 'não cuidada' aqui significa 'sem aviso' ou 'de forma inesperada', não 'maltratada'.
Usa‑se para aconselhar prudência ou justificar preocupação com riscos latentes.
Registo: popular/idiomático; adequado em escrita reflexiva, crónicas ou em linguagem coloquial mais formal.
Não implica necessariamente fatalismo: pode ser usado para promover prevenção e planeamento.

Num projecto de construção, o engenheiro lembrava aos colegas que 'a desventura sempre espreita e vem não cuidada', pelo que deviam verificar as fundações antes de avançar.
Depois do acidente no armazém, o director citou o provérbio para justificar a criação de um plano de emergência: 'a desventura sempre espreita e vem não cuidada'.
Quando viajava sozinho, ela levava sempre um kit de primeiros socorros; acreditava que 'a desventura sempre espreita e vem não cuidada'.

Nem todo o imprevisto é desventura; a preparação reduz, mas não elimina, o risco.
Enfatizar apenas o perigo pode levar a excesso de medo ou paralisia em vez de ação prática.
Há situações em que aceitar algum risco é necessário para alcançar objetivos; nem sempre a prevenção total é racional.