A fortuna é cega

A fortuna é cega.

Expressa que a sorte ou a fortuna age de forma aleatória e indiferente ao mérito, à justiça ou ao esforço.

Versão neutra

A sorte é aleatória.

O que significa exatamente 'A fortuna é cega'?
Significa que a sorte age sem critério moral ou mérito — os resultados podem beneficiar ou prejudicar pessoas independentemente do seu comportamento ou qualidades.
Quando devo usar este provérbio?
Quando quiser sublinhar que um resultado teve mais a ver com acaso do que com esforço ou justiça, por exemplo após um sorteio ou um resultado inesperado.
Tem origem conhecida?
Sim: a ideia acompanha a figura clássica da deusa Fortuna na antiguidade, descrita como indiferente e associada à aleatoriedade (latim 'Fortuna caeca').
Há alguma sensibilidade a ter ao usá‑lo?
Sim. Pode ser percebido como fatalista ou como desculpa para desigualdades; evite usá‑lo para minimizar injustiças que têm causas estruturais.

Usa‑se para comentar situações em que o resultado parece depender do acaso, não do mérito.
Registo: coloquial e de uso corrente; pode aparecer em textos jornalísticos ou ensaísticos para resumir uma ideia de aleatoriedade.
Não deve ser usado como justificativa automática para desigualdades: pode ocultar causas estruturais ou injustiças.
Há variantes com 'sorte' em vez de 'fortuna' que são igualmente comuns.

Mesmo com muita preparação, não conseguiu a bolsa — a fortuna é cega; havia factores que escapavam ao seu controlo.
No sorteio, a fortuna é cega: pessoas com pouco investimento acabaram por ganhar o prémio maior.

A sorte protege os audazes (Fortuna favours the bold) — foca o papel da iniciativa
Cada um colhe o que semeia — contrapõe a ideia de mérito ao determinismo do acaso

Cada um colhe o que semeia — sugere que os resultados decorrem do esforço e das escolhas, não do acaso
A fortuna ajuda os audazes — implica que agir aumenta as hipóteses de sucesso, reduzindo o papel da aleatoriedade