A justiça é cega

A justiça é cega.

Afirma que a justiça deve ser imparcial, julgando factos sem favorecimentos por estatuto, riqueza ou aparência.

Versão neutra

A justiça deve ser imparcial e tratar todas as pessoas por igual.

O que significa exactamente 'A justiça é cega'?
Significa que a justiça deve ser imparcial, avaliando apenas os factos e a prova, sem favorecer ou discriminar com base em identidade, riqueza ou influência.
De onde vem esta expressão?
Vem da alegoria da Justiça (Justitia), cuja venda nos olhos simboliza imparcialidade; a iconografia com venda popularizou‑se na Europa nos séculos XVI–XVII.
Posso usar o provérbio quando critico o sistema judicial?
Sim. A frase é usada tanto para louvor da imparcialidade como ironicamente para denunciar desigualdades e vieses no sistema.
Há problemas com esta ideia?
Sim. Alguns argumentam que a metáfora oculta desigualdades sistémicas e que uma justiça eficaz deve reconhecer contextos sociais e pessoais.

Usa-se para elogiar decisões percebidas como imparciais ou para invocar a ideia de igualdade perante a lei.
Também é empregue ironicamente ou de forma crítica quando se considera que o sistema judicial falha em ser verdadeiramente imparcial.
A expressão é metafórica — não significa cegueira literal, mas ausência de influência de factores exteriores ao caso.

Esperamos que, no julgamento, a justiça seja cega e que os factos falem por si.
Dizer que 'a justiça é cega' foi irónico depois de o tribunal favorecer claramente o poder económico do réu.

Críticas apontam que a justiça pode ser influenciada por poder económico, preconceitos ou lacunas legais — logo, nem sempre é verdadeiramente cega.
Alguns defendem que a justiça deve 'ver' circunstâncias atenuantes e contextos sociais, pelo que uma cegueira absoluta seria injusta.
Expressões contrárias usadas em debate público: 'A justiça não é cega' ou 'A justiça vê quem tem recursos'.