A homem de bem não procures antepassados.
Aconselha a não julgar ou investigar a linhagem de uma pessoa honrada; valoriza o carácter actual sobre a ascendência.
Versão neutra
Não procures os antepassados de um homem honrado.
Faqs
- O que significa este provérbio?
Significa que não se deve investigar ou menosprezar a origem ou família de alguém que é uma pessoa de boa conduta; o carácter presente é o que conta. - É um provérbio ainda usado hoje?
É compreensível, mas tem registo arcaico. Hoje costuma usar‑se uma formulação moderna, como «não julgues alguém pela sua família». - A expressão «a homem» é incorreta em português moderno?
Em português moderno o mais natural é «a um homem» ou «a uma pessoa». «A homem» reflecte uma forma arcaica/coloquial do provérbio. - Há situações em que investigar a família é necessário?
Sim. Em contextos legais, médicos ou históricos, conhecer antecedentes familiares pode ser legítimo e necessário; o provérbio refere‑se sobretudo ao juízo moral e social.
Notas de uso
- Registo: arcaico/folclórico. A forma «a homem» é antiga; hoje dir-se-ia «a um homem» ou «a uma pessoa».
- Sentido prático: serve para defender alguém de comentários sobre a sua família ou origem quando a pessoa é de boa conduta.
- Não é um mandato literal contra estudos genealógicos; refere-se ao juízo moral e social.
- Pode ser usado em contextos de defesa ética: evitar discriminação por origem ou procurar falhas na família para desvalorizar alguém.
Exemplos
- O João sempre ajudou os vizinhos; não lhe inventes defeitos por causa da sua família — a homem de bem não procures antepassados.
- Quando a equipa elogiou a directora pelo trabalho, alguns tentaram desvalorizar‑la por causa de rumores antigos. Usei o provérbio: 'Não procures os antepassados de um homem honrado'.
Variações Sinónimos
- A um homem de bem não procures antecedentes.
- Não investigues a linhagem de um homem honrado.
- Não julgues o homem pela sua família.
Relacionados
- Não julgues um livro pela capa.
- A honra está nos actos, não na parentela.
- Cada um é responsável pelo que faz, não pelo que os antepassados fizeram.
Contrapontos
- Em contextos legais ou genealógicos, investigar antepassados pode ser necessário e legítimo (direitos hereditários, provas de ascendência).
- Em saúde pública ou medicina genética, conhecer antecedentes familiares pode ser importante para avaliar riscos.
- Há situações sociais em que a reputação familiar tem impacto real (sistemas hereditários, títulos, redes de influência), embora o provérbio aconselhe a não basear o juízo moral nessa informação.
Equivalentes
- inglês
Judge a man by his actions, not by his ancestors. - espanhol
A hombre de bien no le busques antepasados. - francês
À un homme honnête, ne cherche pas ses ancêtres.