A malícia, quem não a faz, não a cuida.

A malícia, quem não a faz, não a cuida.
 ... A malícia, quem não a faz, não a cuida.

Quem não pensa em ser malicioso também não pensa em prevenir a malícia alheia; quem é íntegro pode não estar atento a artimanhas.

Versão neutra

Quem não pratica malícia, não a prevê nem a previne.

Faqs

  • O que quer dizer este provérbio em poucas palavras?
    Significa que pessoas sem inclinação para a maldade tendem a não antecipar ou prevenir as maldades dos outros, ficando potencialmente desprotegidas.
  • Quando devo usar este provérbio?
    Use‑o para justificar cautelas práticas (rever contratos, validar informações, proteger bens) ou para explicar por que alguém foi surpreendido por uma fraude por ser ingénuo.
  • Isto promove desconfiança generalizada?
    Não necessariamente. O provérbio aconselha prudência e preparação, não a suspeita constante. É uma chamada a equilibrar honestidade com medidas de proteção.
  • Há alternativas mais modernas ao provérbio?
    Sim: expressões como 'mais vale prevenir do que remediar' ou recomendações práticas sobre segurança (senhas fortes, auditorias, aconselhamento legal) cumprem a mesma função.

Notas de uso

  • Usa‑se para alertar que a ingenuidade deixa as pessoas desprotegidas perante quem age com más intenções.
  • Aplica‑se em contextos práticos: negócios, contratos, segurança digital, relações pessoais e vigilância de dependentes.
  • Não implica que se deva assumir maldade de todos; serve sobretudo como aviso para prever riscos e tomar precauções.

Exemplos

  • Na negociação do contrato, lembrámos‑nos do provérbio: a malícia, quem não a faz, não a cuida — por isso pedimos uma revisão jurídica antes de assinar.
  • Ela sempre foi honesta e descontraída; depois de ser enganada, percebeu que quem não pensa como um aldrabão não lhe surge naturalmente guardar‑se.

Variações Sinónimos

  • Quem não é malicioso, não se previne da malícia.
  • Quem não pratica engano, não pensa em ser enganado.
  • Quem não faz maldade, não a considera.

Relacionados

  • Mais vale prevenir do que remediar.
  • A cautela nunca fez mal a ninguém.
  • Confiança é bom, controlo é melhor (variação popular).

Contrapontos

  • Excesso de desconfiança pode impedir relações de confiança e cooperação.
  • Não é desejável transformar a prudência em paranoia; muitas interacções exigem confiança mútua.
  • A experiência e a educação podem ensinar a prevenir riscos sem perder integridade.

Equivalentes

  • inglês
    If you don't think to do harm, you may not think to guard against it.
  • espanhol
    Quien no hace malicia, no la prevé.
  • francês
    Qui ne pense pas à la malice ne se prémunit pas contre elle.
  • alemão
    Wer nicht boswillig handelt, denkt auch nicht daran, sich vor Bosheit zu schützen.