A mulher e a cachorra, a que mais cala, é a mais boa.
Sugere que a mulher que mais se cala é a mais virtuosa ou agradável; valoriza silêncio feminino como qualidade.
Versão neutra
Diz‑se, de forma geral, que quem fala menos muitas vezes é considerado mais apropriado ou discreto.
Faqs
- Qual é a origem deste provérbio?
Trata‑se de um provérbio de origem oral, comum em zonas rurais ibéricas; não existe uma fonte escrita antiga consensual que permita atribuir-lhe uma origem precisa. - O provérbio é aceitável hoje em dia?
No contexto contemporâneo é considerado sensÃvel e potencialmente ofensivo, porque reduz mulheres a estereótipos e usa uma comparação desumanizante. Deve ser citado com cuidado e, preferencialmente, criticado ou contextualizado. - Quando é usado de forma irónica?
É usado ironicamente por quem pretende denunciar atitudes sexistas: citando o provérbio para mostrar que esse tipo de opinião já não é aceitável. - Que alternativas usar para transmitir a ideia de que o silêncio pode ser valioso?
Usar expressões neutras como «o silêncio é ouro» ou frases que valorizem a discrição sem referir género; melhor ainda, especificar o contexto para não generalizar sobre pessoas.
Notas de uso
- Provérbio tradicionalmente usado em contextos conservadores para elogiar a discrição feminina.
- É uma expressão de moralidade de época que associa silêncio e submissão a bondade, pelo que é sensÃvel e potencialmente ofensiva hoje.
- Pode aparecer usado de forma irónica ou crÃtica em discursos contemporâneos para evidenciar atitudes sexistas.
- Evitar o uso literal em contextos formais ou inclusivos; preferir reformulações que valorizem comportamento sem desumanizar.
Exemplos
- O avô repetiu o provérbio à mesa: «A mulher e a cachorra, a que mais cala, é a mais boa», reflectindo valores tradicionais que os netos contestaram.
- Hoje em dia muitos comentadores apontam que o ditado — que valoriza o silêncio feminino comparando‑o a um animal — é sexista e deve ser rejeitado.
Variações Sinónimos
- A mulher e o cão, quanto mais cala, melhor (variante regional)
- Quanto mais calada a mulher, mais boa parece (paráfrase)
- Silêncio é ouro (sentido próximo, mais geral)
- Em boca fechada não entra mosca (valoriza o silêncio)
Relacionados
- Silêncio é ouro
- Em boca fechada não entra mosca
- Quem cala consente (diferente no efeito, mas relacionado com o acto de calar)
Contrapontos
- Quem não chora, não mama — valoriza a expressão de necessidades em vez de silêncio passivo.
- Quem não pede, não tem — enfatiza a importância de falar para obter resultados.
- A voz de cada um conta — princÃpio contemporâneo que contraria a ideia de que o silêncio é sempre virtude.
Equivalentes
- espanhol
La mujer y la perra: la que más callada, la más buena (variante popular similar) - inglês
Silence is golden (equivalente geral que valoriza o silêncio) - francês
Le silence est d'or (equivalente geral)