A mulher e a cereja, para seu mal se enfeita.
Afirma, de forma moralizante, que o enfeite ou a vaidade feminina atrai consequências negativas — ideia associada a perigo ou reprovação social.
Versão neutra
Exibir‑se em excesso pode atrair atenções ou problemas indesejados.
Faqs
- O que significa este provérbio em poucas palavras?
Diz que o enfeite ou vaidade da mulher acaba por trazer consequências negativas; é uma advertência moralizante sobre a aparência. - É apropriado usar este provérbio hoje em dia?
Geralmente não. O provérbio é antiquado e pode ser ofensivo por reforçar estereótipos e culpar as mulheres por situações de abuso ou assédio. - Devo substituir o provérbio por outra expressão?
Sim — prefira formas neutras que transmitam a ideia de consequências sem atribuir culpa a um grupo específico, por exemplo: «Exibir‑se em excesso pode atrair atenções indesejadas.»
Notas de uso
- Uso histórico: costuma aparecer em contextos tradicionais para advertir contra a ostentação feminina ou justificar controlo social sobre a aparência das mulheres.
- Registo: arcaico/popular; hoje é considerado antiquado e potencialmente ofensivo.
- Advertência: reproduzir o provérbio sem contextualização pode reforçar estereótipos e victim‑blaming.
- Interpretação: pode ser lido literal ou metaforicamente (sobre ostentação, vulnerabilidade social ou atenção indesejada).
Exemplos
- No café, o senhor comentou o provérbio: «A mulher e a cereja, para seu mal se enfeita», mas foi contrariada por várias pessoas que consideraram a frase antiquada.
- Num debate sobre liberdade pessoal, ela citou a versão neutra: «Exibir‑se em excesso pode atrair atenções indesejadas», sublinhando que a responsabilidade por abusos não é da vítima.
Variações Sinónimos
- Mulher e cereja, quanto mais se enfeita, mais se julga
- Quem muito se adorna, muito desperta
Relacionados
- Aparência engana
- Não se julga livro pela capa
- Quem semeia vento colhe tempestade (sobre consequências de actos)
Contrapontos
- Crítica feminista: expressão que pode justificar o controlo do corpo e culpar vítimas de assédio ou violência.
- Perspectiva contemporânea: adornar‑se é expressão pessoal; o problema não é a aparência, mas as reacções de terceiros.
- Contexto jurídico/social: normas sobre comportamento não devem eximir a responsabilidade de quem comete abusos.
Equivalentes
- inglês
Literal: "The woman and the cherry, she adorns herself to her harm." (não é um provérbio comum em inglês; tradução literal) - espanhol
Versão próxima literal: "La mujer y la cereza, se adorna para su mal." (variação literal, não amplamente usada em espanhol)