A pobreza não tira a virtude; as riquezas não a dão.
A condição económica não determina, por si só, o carácter moral de uma pessoa: a pobreza não elimina a virtude, nem a riqueza a cria automaticamente.
Versão neutra
A pobreza não elimina a virtude; a riqueza não a cria.
Faqs
- O que significa exactamente este provérbio?
Significa que o estado económico de uma pessoa não determina de forma automática o seu valor moral: ser pobre não implica falta de virtude, nem ser rico garante virtude. - Posso usar este provérbio numa conversa sobre políticas sociais?
Sim, pode ilustrar que julgamentos morais simplistas são inadequados; contudo, convém reconhecer também os efeitos materiais da pobreza e discutir soluções concretas. - O provérbio nega a influência das circunstâncias na conduta humana?
Não nega. Destaca uma distinção ética: circunstâncias influenciam comportamentos e oportunidades, mas não determinam intrinsecamente o carácter moral.
Notas de uso
- Usa-se para lembrar que juízos morais não devem basear‑se apenas na situação económica de alguém.
- Tom aconselhável: neutro ou pedagógico; pode ser usado em debates sociais, educação e aconselhamento moral.
- Não implica que contexto económico não influencie comportamentos — mais uma observação ética do que sociológica.
- Evitar usar de forma simplista para desvalorizar efeitos reais da pobreza (privação, stress, falta de oportunidades).
Exemplos
- Quando souberam que ele vivia com muito pouco, alguns pensaram que seria desonesto — ninguém considerou que a pobreza não tira a virtude; provaram o contrário com os seus actos honestos.
- Numa discussão sobre filantropia, o professor recordou que as riquezas não dão automaticamente virtude: quem tem meios não está obrigado a agir eticamente, mas tem maiores possibilidades de o fazer.
Variações Sinónimos
- A pobreza não é desculpa para a falta de virtude, nem a riqueza garante virtude.
- A riqueza não compra virtude; a pobreza não a destrói.
- Pobreza não equivale a falta de honra; riqueza não equivale a virtude.
Relacionados
- A honra não se compra.
- Nem tudo o que reluz é ouro.
- Virtude não se compra, honra não se vende.
Contrapontos
- A pobreza pode criar condições (físicas e psicológicas) que dificultam agir de forma virtuosa, como falta de educação, stress e necessidades básicas não satisfeitas.
- A riqueza pode facilitar actos virtuosos (filantropia, educação, tempo livre para reflexão) e também proporcionar meios para más acções sem consequências imediatas; por isso, riqueza e virtude podem relacionar-se, mas não são sinónimos.
Equivalentes
- Inglês
Poverty does not destroy virtue; riches do not bestow it. - Espanhol
La pobreza no quita la virtud; las riquezas no la dan. - Francês
La pauvreté n'enlève pas la vertu; la richesse ne la donne pas.