À porta do avarento, sol alto e mar azul.
Alude a quem tem recursos ou oportunidades à vista mas, por avareza, não os aproveita; riqueza sem usufruto.
Versão neutra
O avarento tem boas coisas perto, mas não as disfruta.
Faqs
- Qual é a ideia central deste provérbio?
Que alguém pode ter bens ou oportunidades próximas mas, devido à avareza, não as usar nem desfrutar. - Quando é apropriado usá‑lo?
Ao criticar poupança excessiva que impede gozo da vida; em conversas informais ou textos reflexivos sobre prioridades. - É ofensivo chamar alguém 'avarento' com este provérbio?
Pode ser interpretado como crítica directa. Usar com cautela para não magoar; melhor em contexto analítico ou humor consciente.
Notas de uso
- Tom geral: condenatório/irónico; serve como crítica moral à avareza.
- Registo: coloquial e proverbial; usado em conversas, escritos de carácter moral ou reflexivo.
- Contextos: discussão sobre poupança excessiva, heranças, modos de vida que impedem gozar bens.
- Não é uma expressão técnica; evita‑se em contextos formais sem explicação.
Exemplos
- O tio tem casa na praia e recusou convidar a família para umas férias; à porta do avarento, sol alto e mar azul.
- Fazes tanta poupança que já não vives; lembra‑te do provérbio: à porta do avarento, sol alto e mar azul.
Variações Sinónimos
- O avarento vê o mar e não se molha.
- Ter riqueza à porta e não a usufruir.
- Riquezas à vista, prazer recusado.
Relacionados
- Mais vale pouco e bem aproveitado do que muito guardado sem uso.
- Quem guarda demasiado perde o proveito.
- Aformosear a fortuna e não viver dela.
Contrapontos
- Mais vale dar do que receber.
- Quem dá, ao menos desfruta duas vezes (quem dá também recebe em prazer).
- Riqueza é para ser vivida, não apenas acumulada.
Equivalentes
- Inglês
At the miser's door: bright sun and blue sea (wealth nearby but not enjoyed). - Espanhol
En la puerta del avaro, sol y mar: riquezas visibles que no se disfrutan. - Francês
À la porte de l'avare, soleil et mer bleue — posséder sans profiter.