À sombra do burro entra o cão no moinho.
Quando o responsável não vigia, outros aproveitam-se e tomam o lugar ou benefício.
Versão neutra
Quando o responsável não vigia, outros aproveitam‑se e tomam o lugar.
Faqs
- O que quer dizer este provérbio?
Significa que, na ausência ou desatenção da pessoa responsável, outros aproveitam a oportunidade para agir em seu benefício ou para usurpar funções. - É ofensivo usar este provérbio?
Não é intrinsecamente ofensivo; é uma expressão popular. Contudo, pode soar acusatória se usada para culpar alguém sem provas. - Quando é apropriado usar‑lo?
Em contextos informais para descrever negligência ou aproveitamento de oportunidade. Em contextos formais, prefira linguagem directa e específica. - Tem origem literária conhecida?
Não existe origem literária claramente documentada; trata‑se de um dito popular divulgado oralmente em comunidades rurais.
Notas de uso
- Uso coloquial, sentido figurado; comum em contextos de descuido, vigilância ou usurpação de funções.
- Não descreve necessariamente má‑fé pessoal — pode referir falta de controlo, sistemas fracos ou oportunidade.
- Pode ser usado para criticar tanto o negligente (quem deixou a situação) como quem aproveitou a ocasião (quem entrou).
- Registo popular/folclórico; em contexto formal convém optar por formulações mais neutras (por ex. «aproveitaram a oportunidade»).
Exemplos
- No escritório, o chefe saiu cedo e os colegas começaram a delegar tarefas uns nos outros — como se costuma dizer, à sombra do burro entrou o cão no moinho.
- Com o presidente ausente, alguns membros do comité mudaram decisões sem consenso; isto é um bom exemplo de o cão entrar no moinho à sombra do burro.
- Quando a senhora da tasca fechou a porta por um minuto, apareceu um cliente a tentar levar fruta sem pagar — a expressão descreve bem esse aproveitamento.
Variações Sinónimos
- Na sombra do burro, o cão mete‑se no moinho.
- Quando o dono não olha, o outro aproveita.
- Quando o gato não está, os ratos fazem festa.
Relacionados
- A ocasião faz o ladrão
- Quando o gato não está, os ratos fazem festa
- A falta de vigilância facilita abusos
Contrapontos
- Nem sempre indica culpa: por vezes quem 'entra no moinho' é alguém com necessidade legítima ou uma solução temporária.
- Em organizações com regras claras, a mesma situação pode ter justificação (delegação de competências, substituição autorizada).
- Usar o provérbio pode reduzir a complexidade do problema a uma questão de responsabilidade individual, ignorando causas estruturais.
Equivalentes
- Inglês
When the cat's away, the mice will play / Opportunity makes a thief - Espanhol
Cuando el gato no está, los ratones bailan - Francês
Quand le chat n'est pas là, les souris dansent