Águas passadas não fazem correr ribeiras
O que pertence ao passado não altera o presente; não adianta lamentar-se por acontecimentos irreversíveis.
Versão neutra
O que já passou não volta a acontecer; não vale a pena ficar a lamentar-se.
Faqs
- Qual é o significado deste provérbio?
Significa que acontecimentos passados não alteram a situação presente e, por isso, não vale a pena ficar a lamentar‑se por eles. - Quando devo usar este provérbio?
Use‑o para incentivar a seguir em frente ou a não perder tempo com arrependimentos, mas evite‑o quando for necessário tratar consequências não resolvidas do passado. - A expressão é ofensiva?
Não é ofensiva por si, mas pode ser percebida como insensível se for usada para desvalorizar sentimentos ou para evitar responsabilidade. - Tem origem conhecida?
A origem exata é incerta; trata‑se de um provérbio popular presente em várias línguas com imagens semelhantes sobre água corrente e o passado.
Notas de uso
- Usa‑se para encorajar alguém a seguir em frente e deixar de remoer incidentes já ocorridos.
- Tomar este provérbio literalmente pode soar frio ou insensível; esteja atento ao estado emocional da pessoa antes de o empregar.
- É apropriado em contextos informais e formais, desde que não substitua a necessidade de resolver consequências práticas do passado.
Exemplos
- Depois de discutirem, João disse-lhe que «águas passadas não fazem correr ribeiras» e propôs começar de novo.
- A empresa decidiu não perseguir erros viejos: «águas passadas não fazem correr ribeiras», mas implementou procedimentos para não os repetir.
- Quando ela trouxe à tona uma falha antiga, ele respondeu que não a queria reviver — águas passadas não fazem correr ribeiras — e focaram‑se na solução atual.
Variações Sinónimos
- Águas passadas não movem moinhos
- Não vale chorar sobre o leite derramado
- O que está feito está feito
- Deixar o passado para trás
Relacionados
- Não vale chorar sobre o leite derramado
- Quem vive de passado é museu (uso crítico)
- O que passou, passou
Contrapontos
- Nem sempre é sensato esquecer: alguns assuntos do passado exigem resolução (jurídica, financeira ou emocional).
- Relembrar episódios passados pode ser necessário para aprender lições e evitar repetições.
- Usar o provérbio para silenciar vítimas ou evitar responsabilidade é inadequado; separar esquecimento de impunidade.
Equivalentes
- inglês
Water under the bridge / Let bygones be bygones - espanhol
Agua pasada no mueve molino - francês
De l'eau a coulé sous les ponts (ou: c'est de l'histoire ancienne)