O que já aconteceu não pode ser alterado; não vale a pena persistir em lamentos pelo passado — é preferível seguir em frente ou aprender a lição.
Versão neutra
O que já passou não pode ser mudado; não adianta lamentar excessivamente.
Faqs
Quando devo usar este provérbio? Quando alguém insiste em lamentar ou reviver algo irrecuperável e a intenção é encorajar a aceitar a situação e avançar. Evite usá‑lo num momento em que a pessoa precisa de apoio emocional imediato.
O provérbio implica indiferença? Nem sempre. Normalmente aconselha a não perder tempo com arrependimentos improdutivos, mas não impede reconhecer responsabilidades, pedir desculpa ou tomar medidas corretivas quando necessárias.
É adequado em contextos profissionais? Pode ser usado num registo informal para encorajar foco no presente e futuro, mas em contextos formais e sensíveis (por exemplo, após uma falha grave) é preferível linguagem mais cuidadosa e orientada para soluções.
Notas de uso
Utilizado para aconselhar alguém a deixar de rememorar ou lamentar erros e acontecimentos passados.
Tom coloquial; comum em conversas informais e familiares.
Pode soar insensível se usado perante alguém que ainda sofre por perdas recentes; avaliar o contexto emocional antes de o dizer.
Não indica que se deva ignorar lições do passado: aplica-se mais ao lamento improdutivo do que à análise útil de erros.
Adequado para encerrar discussões sobre factos já consumados, mas não substitui ações necessárias (por exemplo, reparações, pedidos de desculpa, ou responsabilidades legais).
Exemplos
Depois de perderem o contrato, o chefe disse: «Águas passadas, não movem moinhos» e concentramo-nos em arranjar novos clientes.
Quando discutiam a briga de há meses, ela suspirou: «Águas passadas, não movem moinhos» — melhor combinar como evitar o mesmo problema no futuro.
Ele continuava a culpar-se pelo erro, até que a amiga lhe disse: «Águas passadas, não movem moinhos». A conversa mudou para o plano de recuperação.
Num conselho de família sobre um negócio falhado, um dos tios observou: «Águas passadas, não movem moinhos»; então passaram a analisar o que ficou de positivo da experiência.
Variações Sinónimos
Águas passadas não movem moinho
O que está feito, está feito
Que já passou, passou
Não adianta chorar sobre o leite derramado
Relacionados
Não adianta chorar sobre o leite derramado
O que está feito não se desfaça
Cada coisa a seu tempo (no sentido de aceitar circunstâncias já ocorridas)
Contrapontos
Aprende com os erros do passado — não os ignores: o passado pode ensinar e prevenir repetições.
«Quem não aprende com o passado está condenado a repeti-lo» — enfatiza que o passado tem valor como lição.
Em casos de injustiça ou dano, o passado exige reparação, pelo que não deve ser simplesmente esquecido.
Equivalentes
Inglês Water under the bridge / Let bygones be bygones
Espanhol Aguas pasadas no mueven molino
Francês C'est du passé (ou «Laisser le passé derrière soi»)