Amor e senhoria, não quer companhia.

Amor e senhoria, não quer companhia.
 ... Amor e senhoria, não quer companhia.

Expressa que o amor e o poder/autoridade tendem a ser exclusivos e a rejeitar a interferência de terceiros; aponta para ciúme e não partilha.

Versão neutra

Amor e autoridade não gostam de companhia.

Faqs

  • Quando se usa este provérbio?
    Usa-se para comentar situações em que um sentimento ou posição de autoridade se revela possessivo ou avesso a partilha, quer em relações pessoais quer em contextos de poder.
  • O provérbio é sexista ou ofensivo?
    O provérbio em si descreve um comportamento (ciúme, exclusividade). Pode ser interpretado como justificativo de atitudes controladoras; deve ser usado com cuidado para não legitimar abuso.
  • É aplicável nos dias de hoje?
    Ainda se usa, sobretudo em contextos informais ou literários. Contudo, em sociedades que valorizam igualdade e partilha, é frequentemente questionado quando serve para justificar controlo.

Notas de uso

  • Refere-se tanto a relações afetivas (ciúme, exclusividade) como a posições de autoridade (relutância em partilhar poder).
  • Pode ser usado de forma crítica ou jocosa; também é empregado para justificar atitudes possessivas — cuidado com conotações negativas.
  • Tradicionalmente é proverbio popular; o termo 'senhoria' remete a senhorio, domínio ou autoridade, não necessariamente a propriedade imobiliária.

Exemplos

  • Quando começaram a discutir com frequência sobre quem decidia, lembrou-se do provérbio: «Amor e senhoria, não quer companhia» — e perceberam que o ciúme estava a minar a relação.
  • No projeto, o gestor não aceitava sugestões da equipa; um colega murmurou que, na prática, 'amor e senhoria não querem companhia', ao referir-se ao poder concentrado.
  • Ela rejeitou a ideia de partilhar responsabilidades na associação, dizendo que, em certas situações, 'amor e senhoria não querem companhia', o que gerou debate sobre liderança inclusiva.

Variações Sinónimos

  • Amor e senhorio não querem companhia.
  • Amor e poder não gostam de companhia.
  • Amor ciumento e mando absoluto não aceitam terceiros.

Relacionados

  • O amor é cego.
  • Quem ciúmes tem, pouco goza.
  • Poder e vaidade andam juntos.

Contrapontos

  • Amor saudável permite confiança, partilha e autonomia — não deve justificar controlo ou possessividade.
  • Liderança eficaz envolve delegação e colaboração; o monopólio do poder nem sempre é desejável.
  • Usar o provérbio para legitimar comportamentos abusivos ou isolacionistas não é apropriado.

Equivalentes

  • inglês (tradução literal)
    Love and lordship do not want company.
  • inglês (paráfrase)
    Love and authority do not like to share.
  • espanhol
    Amor y señorío no quieren compañía.