Amores e doces com pão são bons.
As coisas agradáveis (amor, guloseimas) são melhores e mais sustentáveis quando acompanhadas do essencial (pão): aconselha equilíbrio entre prazer e necessidade.
Versão neutra
O amor e os doces são mais apreciados quando há também pão — ou seja, prazeres convivem melhor com o essencial.
Faqs
- O que quer dizer exactamente este provérbio?
Significa que os prazeres (amor, doces) são mais agradáveis e sustentáveis quando há também o essencial (pão). É um conselho pelo equilíbrio entre afeto/agrado e necessidades práticas. - Quando posso usar este provérbio?
Em conversas informais para lembrar prioridade às necessidades básicas ou para aconselhar moderação; também se usa de forma literal na mesa quando se aprecia combinar guloseimas com pão. - O provérbio é materialista ou insensível?
Pode ser lido assim se usado de forma simplista. O sentido tradicional é prático: promove equilíbrio, não reduz necessariamente o amor a transacção económica.
Notas de uso
- Provérbio de uso familiar e popular, usado para aconselhar equilíbrio e sentido prático.
- Aplica-se tanto a situações afectivas (valorizar a estabilidade material junto aos afectos) como a pequenas situações do quotidiano (não viver só de excessos).
- Tom literal: refere-se à boa combinação entre doces e pão; tom figurado: recomenda moderação e prioridades.
- Evitar usar em contextos que impliquem que o amor é unicamente transaccionável; pode ser percepcionado como materialista se mal aplicado.
Exemplos
- Ao orientar os filhos sobre relações e dinheiro, a avó disse: «Amores e doces com pão são bons», lembrando que o carinho vale mais quando há estabilidade.
- Numa refeição simples, comentámos que o bolo sabia ainda melhor porque o tínhamos partilhado com fatias de pão: amores e doces com pão são bons.
Variações Sinónimos
- Amores e doces, com pão, são bons.
- Amores e doçuras com pão são bons.
- Amor e guloseimas, acompanhados de pão, sabem bem.
Relacionados
- Não se vive só de pão.
- Não se vive só de amor.
- Mais vale pouco e certo do que muito e incerto.
Contrapontos
- O ditado pode ser interpretado como sugerindo que o amor depende de condições materiais; essa leitura é criticável noutras perspectivas culturais ou éticas.
- Em situações de privação extrema, a expressão perde a leveza humorística e pode soar insensível.
- Nem sempre 'ter pão' resolve carências emocionais profundas — o provérbio enfatiza equilíbrio, não substitui atenção psicológica.
Equivalentes
- inglês
"You can't live on love alone" (equivalente na ideia de que o afecto não basta sem necessidades materiais). - espanhol
"No se puede vivir sólo de amor" / variação literal: "Amores y dulces con pan son buenos." - francês
"On ne vit pas d'amour et d'eau fraîche" (equivalente na ideia de que o amor não basta sozinho).