Antes um mau ano do que um inimigo à porta
É preferível enfrentar uma fase difícil temporária do que conviver com uma ameaça ou inimigo próximo.
Versão neutra
Mais vale um ano difícil do que ter um inimigo à porta.
Faqs
- Quando se deve usar este provérbio?
Usa‑se ao justificar decisões que privilegiam segurança, paz ou estabilidade imediata em detrimento de ganhos arriscados ou confrontos diretos. - O provérbio encoraja a submissão a quem nos faz mal?
Não necessariamente; é uma expressão de prudência. Contudo, não deve servir de pretexto para tolerar abuso contínuo nem para renunciar a soluções que removam a ameaça. - É um provérbio ainda relevante hoje?
Sim — a ideia de priorizar segurança sobre risco imediato aplica‑se a muitas decisões actuais, desde finanças a relações interpessoais, embora o contexto determine a sua validade.
Notas de uso
- Usa‑se para justificar opções prudentes que garantam segurança ou paz imediata, mesmo que tenham custo económico ou qualidade de vida menor.
- Tem registo popular e rural, mas aplica‑se a decisões familiares, profissionais e financeiras.
- Expressa preferência pela estabilidade e segurança sobre ganhos arriscados ou confrontos diretos.
- Não deve ser usado como justificação automática para tolerar abuso continuado ou opressão.
Exemplos
- Ao recusar a proposta agressiva da concorrência, disseram que preferiam aguentar a quebra de vendas: antes um mau ano do que um inimigo à porta.
- Optaram por manter o contrato com menos lucro para não provocar conflitos com o vizinho influente — antes um mau ano do que um inimigo à porta.
Variações Sinónimos
- Antes um ano difícil do que um inimigo à porta
- Mais vale a paz, ainda que cara, do que o conflito imediato
- Antes a pobreza do que a inimizade por perto
- Melhor um tempo difícil em segurança do que riqueza acompanhada de hostilidade
Relacionados
- Mais vale um mau acordo do que uma boa demanda
- Mais vale prevenir do que remediar
- Antes só do que mal acompanhado
- Mais vale um pássaro na mão do que dois a voar
Contrapontos
- Pode encorajar passividade: tolerar uma «ameaça» próxima por medo de conflito pode prolongar danos evitáveis.
- Nem sempre é prudente aceitar perdas temporárias; em alguns casos confrontar e resolver o problema é mais vantajoso a médio/longo prazo.
- O provérbio pressupõe que o inimigo é inevitável; ignorar meios legais ou estratégicos para neutralizar a ameaça pode ser prejudicial.
Equivalentes
- en
Better a bad year than an enemy at the door. (approximate literal translation; close in meaning to 'Better safe than sorry') - es
Mejor un mal año que un enemigo en la puerta. (traducción literal; transmite preferencia por la seguridad frente al conflicto) - fr
Mieux vaut une mauvaise année qu'un ennemi à la porte. (traduction littérale; sens de privilégier la sécurité)